
Eis que o placar, que parecia seguir um caminho, de repente ganha um contorno completamente diferente. O ministro Luiz Fux, diga-se de passagem, votou pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro no processo que investiga a suposta trama golpista. A decisão, que aconteceu nesta quarta-feira (10), deixou todo mundo de cabelo em pé.
O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) está simplesmente eletrizante. Com o voto de Fux, a contagem agora está em 2 a 1 — sim, apenas três ministros se manifestaram até o momento — a favor da condenação. Quem abriu a rodada foi a ministra Cármen Lúcia, votando pela condenação. Na sequência, o ministro Dias Toffoli acompanhou o voto dela, fortalecendo o lado da acusação.
Mas aí… Fux entrou em cena. E mudou o jogo.
O ministro não apenas divergiu dos colegas como soltou uma argumentação que ecoou pela sala. Para ele, simplesmente não havia elementos concretos o suficiente — pelo menos não naquele momento — para amarrar Bolsonaro diretamente a um crime de tentativa de golpe de Estado. Uma opinião, convenhamos, que jogou um balde de água fria em muitas expectativas.
E Agora, José?
O caso todo é complexo e cheio de meandros jurídicos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Bolsonaro de ter articulado, depois das eleições de 2022, um plano para se manter no poder mesmo após a derrota nas urnas. Sério, parece roteiro de filme, mas é a nossa realidade política.
O julgamento ainda está rolando, e tudo pode acontecer. Restam oito ministros para votar. O clima é de expectativa — e de tensão. Cada voto conta, e a impressão que dá é que isso vai terminar nos acréscimos, sabe?
Enquanto isso, do lado de fora do plenário, a polarização esquenta. Redes sociais fervilhando, aliados comemorando o voto de Fux, opositores pressionando por condenação. Uma verdadeira arena de narrativas.
Uma coisa é certa: o Brasil não tira os olhos desse processo. Seja qual for o desfecho, ele vai marcar — e muito — os rumos da nossa jovem democracia.