
O ar no plenário do Supremo Tribunal Federal está pesado, daqueles que você consegue sentir até pela tela do computador. E não é para menos — a semana começou com um verdadeiro terremoto institucional que deixou até os mais experientes ministros de cabelo em pé.
O estopim? Uma série de críticas bombásticas do ministro Luiz Fux que ecoaram pelos corredores do tribunal como tiros de canhão. Segundo relatos de quem estava lá, o clima ficou tão tenso que dava para cortar com uma faca.
E não foi só uma reclamaçãozinha de passagem. Fux soltou o verbo de maneira rara e contundente, questionando procedimentos e decisões que, na visão dele, estariam desequilibrando a balança do tribunal. O que me faz pensar: será que estamos diante de uma crise sem precedentes na corte máxima do país?
O cerne da discórdia
Pelo que apurei, a raiva do ministro não veio do nada — ela fermentou por semanas, talvez meses. A gota d'água parece ter sido uma combinação de fatores que atingiram o núcleo duro do que Fux acredita ser o funcionamento adequado do STF.
Não são apenas divergências técnicas, mas sim visões opostas sobre o próprio papel do Supremo na democracia brasileira. E olha, quando chega nesse nível, a coisa fica feia mesmo.
Reações nos bastidores
Os outros ministros reagiram com uma mistura de surpresa e consternação. Alguns ficaram visivelmente abalados, outros preferiram o silêncio eloquente — aquela postura de quem está digerindo um golpe inesperado.
Um detalhe interessante: diferente de outras rusgas internas que vazam aos poucos, dessa vez o muro de contenção funcionou relativamente bem. Mas é claro que em Brasília, especialmente no STF, até as paredes têm ouvidos.
O que me chamou atenção foi o timing de tudo isso. Num momento onde o tribunal já enfrenta pressões externas de todos os lados, uma crise interna dessas proporções pode ser — como diria meu avô — uma tempestade perfeita.
E agora, José?
O grande questionamento que fica é: como o STF vai digerir esse bombardeio? Ministros não são flor que se cheire, mas também não estão acostumados a críticas tão diretas vindo de dentro do próprio grupo.
Alguns especialistas que conversei temem um possível racha institucional. Outros acreditam que se trata apenas de mais um capítulo na sempre turbuluta dinâmica do tribunal. Particularmente, acho que o meio termo é o mais provável — nem fim do mundo, nem tempestade em copo d'água.
Uma coisa é certa: os próximos dias serão decisivos para entender os desdobramentos dessa crise. O STF precisa mostrar maturidade institucional para superar divergências sem afetar seu funcionamento. Porque no final das contas, quem paga o pato é sempre a credibilidade da Justiça.
E credibilidade, bem... essa é uma moeda que está em falta por essas bandas.