CCJ Marca Votação Crucial: Recondução de Gonet à PGR em Novembro Define Rumo da Justiça
CCJ vota em novembro recondução de Gonet à PGR

Parece que novembro vai ser daqueles meses que aquecem os corredores do Congresso. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado finalmente marcou na agenda - e a data não poderia ser mais estratégica.

Estamos falando da recondução - ou não - de Paulo Gonet ao cargo de procurador-geral da República. O sujeito que ocupa uma das cadeiras mais quentes do Palácio do Planalto.

O Calendário que Interessa a Todos

A coisa está programada para o dia 13 de novembro, uma quarta-feira. Mas atenção: antes disso, no dia 6, haverá uma sabatina. Sim, aquela sessão onde os senadores fazem perguntas que vão desde o trivial até questões capazes de fazer suar até o mais experiente dos juristas.

E olha que interessante - o próprio Gonet pediu mais tempo. Queria que a votação fosse em dezembro, mas o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre, manteve a data original. Algo que, entre um café e outro nos corredores, muitos interpretam como um sinal claro de que a máquina legislativa não pretende arrastar esse processo.

Por que Isso Importa para Você?

Pense bem. O procurador-geral não é apenas mais um cargo. É quem comanda o Ministério Público Federal - a instituição que, pelo menos em tese, deve zelar pelos interesses da sociedade. Desde combater corrupção até defender direitos básicos dos cidadãos.

A recondução de Gonet, indicado originalmente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, não é mera formalidade. Representa continuidade ou mudança em investigações sensíveis, na forma como a PGR age perante o governo e o Congresso. Enfim, é daquelas decisões que ecoam por anos.

E tem mais um detalhe saboroso: a sabatina promete. Senadores de oposição e situação já afiam suas perguntas. Uns querem saber sobre suposta leniência com aliados do governo anterior; outros, sobre eventuais excessos contra a atual base governista.

O Jogo Político por Trás da Toga

Não se engane - por trás da linguagem jurídica, há um xadrez político dos mais complexos. O governo Lula observa com atenção, embora oficialmente mantenha distância. Afinal, a PGR tem autonomia, mas ninguém ignora que sua atuação pode facilitar ou complicar a vida do Planalto.

Os rumores? Bem, os corredores do Senado vivem de rumores. Uns dizem que Gonet tem apoios cruzados - parte da base governista o vê como garantia de estabilidade, enquanto setores da oposição apreciam sua trajetória técnica. Outros sussurram que há nomes na manga, caso a recondução naufrague.

Uma coisa é certa: novembro promete. E não estou falando apenas do calor que antecede as chuvas. A CCJ será palco de um daqueles embates que misturam lei, política e os humores da opinião pública.

Fiquemos de olho. Porque quando o Senado decide quem comanda a PGR, está definindo muito mais do que um cargo - está desenhando os contornos da justiça nos próximos anos.