
O que parecia ser mais uma movimentação rotineira no xadrez político de Brasília se transformou numa verdadeira bomba-relógio. E o estopim? A possível indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para uma vaga no STF que nem sequer está oficialmente aberta.
Parece exagero? Talvez não. Os corredores do Congresso Nacional estão pegando fogo com essa história. E não é fogo de palha não — é aquela chama que pode queimar até as bases do governo.
O jogo de poder por trás da cortina
Olha só como as coisas funcionam na capital federal: enquanto a população discute preço da carne e conta os centavos no mercado, os políticos jogam uma partida de pôquer com o futuro do país. E as fichas são altíssimas.
A vaga no Supremo que todos olham com lupa é a do ministro Dias Toffoli. Só que tem um detalhe — ele nem se aposentou ainda! Mas já tem gente fazendo as contas e se movimentando nos bastidores. Coisa de Brasília, né?
Por que Flávio Dino virou o nome do momento?
Dino não é qualquer político. Ex-governador do Maranhão, ministro da Justiça de Lula e, vamos combinar, uma das figuras mais polêmicas do atual governo. Sua eventual ida para o STF não seria apenas mais uma nomeação — seria um terremoto institucional.
Os opositores já estão de faca nos dentes. Eles veem na possível indicação uma tentativa de "enfeitar" o Supremo com aliados do governo. É como se o xadrez político estivesse prestes a ganhar uma peça que mudaria todo o jogo.
O fantasma do impeachment volta a assombrar
Aqui é onde a coisa fica realmente séria. Alguns deputados e senadores — principalmente da oposição, claro — já soltaram a palavra que ninguém quer ouvir: impeachment.
Não é brincadeira de criança. O risco existe, e é real. Se Lula insistir em indicar Dino para o STF, pode acender um pavil que seria difícil de apagar. O Congresso está dividido, o clima está pesado e todo mundo lembra dos últimos anos turbulentos na política brasileira.
Mas calma, não é para entrar em pânico ainda. Ainda estamos no campo das especulações e dos joguinhos políticos. Porém, como diz o velho ditado: onde há fumaça...
Os números não mentem — ou mentem?
O Palácio do Planalto faz suas contas. Lá dentro, acreditam que têm votos suficientes para segurar qualquer tempestade. Mas política é como maré — muda rápido, e quando você percebe, já está com água no pescoço.
Os governistas calculam que precisariam de pelo menos 170 deputados para bloquear um eventual pedido de impeachment. Eles dizem que têm mais que isso. A oposição, é claro, contesta esses números. E no meio disso tudo, o cidadão comum fica sem saber em quem acreditar.
O que realmente está em jogo?
Para além dos nomes e cargos, essa crise revela algo mais profundo sobre o momento político do Brasil. É uma disputa sobre quem manda no país — se é o Executivo, o Legislativo ou o Judiciário.
O STF, que deveria ser a casa da moderação e do equilíbrio, virou campo de batalha política. E isso, convenhamos, não é bom para ninguém. Nem para o governo, nem para a oposição, e muito menos para o povo brasileiro.
Enquanto isso, Flávio Dino segue trabalhando no Ministério da Justiça, tentando — imagino eu — ignorar o barulho ensurdecedor dos holofotes políticos. Difícil, não?
O que vai acontecer? Só o tempo — e as negociatas nos corredores do poder — dirão. Mas uma coisa é certa: o Brasil está de olho. E dessa vez, não vai ser fácil passar a boiada.