
A Embaixada de Israel no Brasil divulgou uma nota contundente nesta segunda-feira (3), acusando autoridades internacionais de "comprar mentiras do Hamas" e atacar o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A declaração ocorre um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticar publicamente as ações de Israel no conflito com o grupo palestino.
Resposta às críticas internacionais
Segundo a representação diplomática israelense, diversos líderes globais estariam sendo "enganados" pela narrativa do Hamas sobre o conflito na Faixa de Gaza. O comunicado não menciona Lula diretamente, mas o timing sugere uma resposta às declarações do mandatário brasileiro.
Discurso de Lula gera reações
No domingo (2), durante evento público, o presidente brasileiro havia condenado o que chamou de "desproporcionalidade" na resposta israelense aos ataques do Hamas. Lula também pediu por negociações de paz imediatas e criticou a comunidade internacional por sua "omissão" no conflito.
Israel defende suas ações
Na nota, a embaixada israelense reitera que seu país age em legítima defesa contra o que classifica como "terrorismo" do Hamas. O texto afirma que muitas das acusações contra Israel são baseadas em informações falsas disseminadas pelo grupo palestino.
"Infelizmente, vemos autoridades importantes ao redor do mundo repetindo narrativas distorcidas que só servem para incentivar mais violência contra nosso povo", diz trecho da declaração.
Contexto do conflito
As tensões entre Israel e Hamas se intensificaram nos últimos meses, com trocas de foguetes e operações militares que resultaram em centenas de mortes, principalmente do lado palestino. A comunidade internacional tem pressionado por um cessar-fogo, mas negociações até agora não obtiveram sucesso.
Analistas políticos sugerem que a postura firme de Israel busca conter o que vê como um crescente isolamento diplomático, enquanto tenta manter o apoio de seus principais aliados, como Estados Unidos e Alemanha.