
Eis que o Irã joga mais lenha na fogueira geopolítica. Nesta terça-feira (22), o governo do país — que já vive sob sanções há anos — anunciou a retomada do enriquecimento de urânio em níveis que deixam a comunidade internacional de cabelo em pé. Não é de hoje que essa história dá dor de cabeça, mas dessa vez o tom parece mais grave.
O que exatamente está acontecendo?
Segundo fontes oficiais, os iranianos voltarão a enriquecer urânio a 60% — um passo significativo em direção ao limite considerado "perigoso" para fins não pacíficos (sim, estamos falando daquilo que você está pensando). Para quem não acompanha o noticiário internacional há décadas, isso equivale a acender um cigarro próximo a um barril de pólvora.
E olha que a situação já estava tensa:
- As negociações sobre o acordo nuclear de 2015 estão paradas desde o ano passado
- As inspeções da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) enfrentam obstáculos
- Os EUA e a Europa já estão com os nervos à flor da pele
Reações imediatas
Do outro lado do Atlântico, a Casa Branca emitiu um comunicado que, traduzindo do "politiquês", basicamente diz: "Não gostamos nada disso". Enquanto isso, em Bruxelas, diplomatas europeus já marcam reuniões de emergência — deve ter café expresso correndo solto por lá.
E o Brasil nessa história? Nosso Itamaraty, sempre discreto, ainda não se manifestou. Mas é certo que o assunto dominará os corredores da ONU nas próximas semanas.
Por que isso importa?
Pense no Oriente Médio como um tabuleiro de xadrez onde as peças estão sempre prestes a saltar umas sobre as outras. O programa nuclear iraniano é aquela peça que pode virar o jogo de cabeça para baixo. Alguns especialistas acreditam que a medida é uma jogada de pressão nas negociações. Outros temem que seja o primeiro passo para algo mais sério.
Uma coisa é certa: os mercados de petróleo já devem estar se preparando para mais turbulência. Quando o Irã espirra, o preço do barril pega pneumonia.