
Não é todo dia que um ministro da Economia resolve falar sobre política internacional, mas quando o assunto é grave o suficiente, até os números dão lugar às palavras. E Fernando Haddad não economizou críticas ao analisar o comportamento recente do governo norte-americano.
O que está acontecendo do outro lado do hemisfério, afinal? Segundo o ministro, estamos testemunhando uma verdadeira montanha-russa diplomática — algo que ele classifica como "errático e sem precedentes". Forte declaração, não?
Um Quebra-Cabeça Geopolítico
Haddad, conhecido por seu tom usually measured, parece ter perdido a paciência com as idas e vindas estadunidenses. Durante coletiva em São Paulo, ele destacou que essa instabilidade não afeta apenas os americanos — o mundo inteiro sente o tremor.
"É como assistir a um motorista bêbado dirigindo o carro mais potente do mundo", comentou um analista que preferiu não se identificar. A metáfora pode parecer exagerada, mas captura a essência do desconforto generalizado.
As Consequências Práticas
Para países como o Brasil, essa instabilidade traz desafios concretos:
- Oscilações brutais nos mercados financeiros internacionais
- Dificuldade para estabelecer acordos comerciais de longo prazo
- Incerteza sobre o futuro das cadeias de suprimentos globais
- Preocupação com a manutenção da paz em regiões conflituosas
Haddad foi enfático: "Quando a maior potência do planeta age de forma imprevisível, todos pagamos o preço". E não é exagero — basta olhar os gráficos das bolsas mundiais nos últimos meses.
O Silêncio que Fala Mais Alto
Curiosamente, o ministro evitou nomear especificamente quais decisões ou políticas triggeraram sua crítica. Seriam as mudanças abruptas na política comercial? As vacilações em conflitos internacionais? A gangorra nas relações com aliados históricos?
Essa deliberada vagueza, longe de enfraquecer sua argumentação, actually a fortalece — sugere que o problema não é isolado, mas sistêmico. Como se toda a máquina governamental estivesse operando sem bússola.
O recado de Haddad ecoa preocupações que muitos líderes mundiais compartilham em off. Resta saber se do outro lado alguém está ouvindo — ou se a montanha-russa continua sua descida acelerada.