Governo Trump libera arquivos sigilosos do FBI sobre a morte de Martin Luther King Jr. — e a polêmica explode
FBI libera arquivos secretos sobre morte de Martin Luther King

Era uma daquelas decisões que não passam despercebidas — como um trovão em dia de sol. O governo Trump, num movimento que pegou até os mais atentos de surpresa, resolveu abrir a tampa de um baú que muitos prefeririam manter fechado: os arquivos confidenciais do FBI sobre a morte de Martin Luther King Jr.

Detalhe? A família do líder dos direitos civis estava firmemente contra a divulgação. Mas, como dizem por aí, quando a política entra em campo, a bola rola de um jeito imprevisível.

O que os documentos revelam?

Os papéis — aqueles que ficaram décadas escondidos a sete chaves — trazem à tona informações que, digamos, não são exatamente um conto de fadas. Entre os destaques:

  • Novos detalhes sobre as investigações do FBI nos anos 1960 (e não, não eram nada amistosas)
  • Anotações que sugerem uma obsessão quase doentia do bureau com a vida pessoal de King
  • Indícios de que a agência sabia mais do que admitiu publicamente na época

Não é de hoje que o FBI e Martin Luther King tinham uma relação mais tensa do que corda de violino esticada. J. Edgar Hoover, o então diretor, via o ativista como uma "ameaça à segurança nacional" — sim, você leu certo.

Por que agora?

Essa é a pergunta que não quer calar. Alguns analistas arriscam dizer que o timing não foi mero acaso. Com as eleições americanas se aproximando, cada movimento político vira peça num tabuleiro de xadrez gigante.

— É como se alguém tivesse jogado uma granada no meio de um debate que já era inflamado — comenta um professor de história da Universidade de Chicago, que prefere não se identificar.

Do outro lado, defensores da transparência aplaudem a medida. "Arquivos históricos pertencem ao público", argumentam. Mas será que tudo deve mesmo vir à tona, independente das consequências?

A família King: revirando a ferida

Os herdeiros do Prêmio Nobel da Paz não economizaram nas críticas. Para eles, a decisão tem gosto de "reviver a dor com um propósito político". Não é difícil entender porquê.

Imagine ter que ler, décadas depois, documentos que detalham a perseguição ao seu pai? É como se o passado resolvesse bater à porta sem avisar, trazendo na bagagem lembranças que doem mais do que deveriam.

— E o pior — completa um advogado da família — "é que esses papéis podem ser interpretados de mil maneiras diferentes. Quem garante que vão ser lidos com o contexto certo?"

Enquanto isso, nas redes sociais, a briga já começou. De um lado, teorias da conspiração mais criativas que roteiro de filme B. Do outro, acadêmicos tentando separar o joio do trigo em meio ao caos informativo.

Uma coisa é certa: mais de 50 anos depois, o legado de Martin Luther King Jr. continua a desafiar o presente. E esses arquivos? Bem, são a prova de que algumas histórias nunca terminam de ser contadas.