
Um terremoto político sacode a Argentina às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais. Nesta sexta-feira, o chanceler Santiago Cafiero apresentou sua renúncia ao presidente Alberto Fernández, em um movimento que surpreendeu analistas e eleitores.
Crise no Palácio San Martín
O Ministério das Relações Exteriores argentino vive momentos de turbulência extrema. A saída de Cafiero ocorre em um momento delicadíssimo para o governo, quando faltam apenas sete dias para a disputa eleitoral que definirá o próximo mandatário do país.
"A decisão foi comunicada pessoalmente ao presidente Fernández", confirmaram fontes do Palácio San Martín, sede da chancelaria argentina. O timing da renúncia levanta questões sobre as reações internas no governo peronista frente à possibilidade de vitória de Javier Milei.
Impacto na corrida eleitoral
Especialistas em política internacional avaliam que a demissão pode ser interpretada como um sinal de desintegração do governo atual às vésperas de uma eleição crucial. O segundo turno, marcado para 19 de novembro, coloca frente a frente o libertário Javier Milei e o ministro da Economia Sergio Massa.
O cenário político argentino nunca esteve tão polarizado. De um lado, Milei promete medidas radicais como a dolarização da economia e o fechamento do banco central. Do outro, Massa defende a continuidade do modelo peronista, ainda que com ajustes.
Repercussões internacionais
A renúncia do chanceler ocorre em um contexto de relações diplomáticas tensas com vários países. Cafiero era uma peça-chave nas negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e nas complexas relações com o Mercosul.
Analistas apontam que a saída abrupta pode afetar a estabilidade diplomática do país em um momento já conturbado. O mercado observa com atenção cada movimento, sabendo que as decisões tomadas nesta semana podem definir o rumo da economia argentina pelos próximos anos.
O que esperar dos próximos dias?
Com a campanha eleitoral em sua reta final, a renúncia do chanceler adiciona um novo elemento de incerteza e crise ao cenário político. Resta saber como o eleitorado argentino reagirá a este desenvolvimento surpreendente.
Uma coisa é certa: os últimos dias antes do segundo turno prometem ser intensos, com revelações e movimentos estratégicos que podem inclinar a balança para um lado ou para outro nesta disputa que divide a Argentina.