
Os ventos políticos estão mudando — mas será que o suficiente? A última pesquisa Quest, divulgada nesta quarta-feira (17), traz números que dão o que pensar. A parcela de brasileiros contra uma eventual candidatura de Lula em 2026 caiu para 58%, enquanto Bolsonaro tem 62% de rejeição. Não é pouco, mas já foi pior.
Lembra quando esses índices pareciam intocáveis? Pois é. O tempo passa, a memória política esfria, e os números começam a se mexer. No caso do atual presidente, a queda foi de 4 pontos percentuais desde o último levantamento. Para o ex-capitão, a redução foi menor — apenas 2 pontos.
O que os números escondem
Detalhe curioso: entre os mais jovens (18 a 24 anos), a rejeição a ambos é menor que a média nacional. Será sinal de que as novas gerações enxergam a política com outros olhos? Ou simplesmente falta de familiaridade com os traumas do passado?
- Entre mulheres, a resistência a Lula é 3% maior que entre homens
- No Nordeste, o atual presidente tem 12% menos opositores que no Sudeste
- Bolsonaro mantém rejeição acima de 70% na região Norte
E tem mais — os indecisos representam quase 15% do eleitorado. Um exército de votos em jogo que pode mudar tudo. Como dizia um velho político: «em pesquisa, o que importa não é o número de hoje, mas a direção que ele aponta».
O jogo das narrativas
Os estrategistas já devem estar esquentando a cabeça com esses dados. Afinal, queda na rejeição é bom, mas 58% e 62% ainda são números que doem. Para piorar, a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos — ou seja, pode estar escondendo surpresas.
«Isso mostra que o eleitorado está menos polarizado?», pergunta um analista. Difícil dizer. Pode ser apenas cansaço. Ou talvez — quem sabe? — o início de um novo ciclo político. O certo é que 2026 promete.