
Não é de hoje que os Estados Unidos gostam de dar carteirada no comércio internacional. Dessa vez, o alvo foi o Brasil — e o governo não ficou de braços cruzados. Segundo fontes próximas ao Planalto, já rola nos bastidores um pacote de medidas para responder àquela taxação que os gringos resolveram enfiar goela abaixo dos produtos brasileiros.
Parece que alguém esqueceu que o jogo tem dois lados, né? O Ministério da Economia, junto com a equipe do Itamaraty, está costurando uma resposta que promete esquentar os ânimos nas relações bilaterais. E olha, não vai ser só conversa fiada.
O que está em jogo?
Os números não mentem: só no último ano, o Brasil exportou mais de US$ 30 bilhões em mercadorias para os EUA. Agora, com essa nova tarifa — que pegou de surpresa até os analistas mais cascudos —, setores como aço, suco de laranja e até o nosso querido café podem tomar um baque considerável.
Mas calma lá que a casa não caiu ainda! Entre os possíveis contra-ataques que estão sendo estudados, circula nos corredores de Brasília:
- Sobretaxação de produtos agrícolas americanos (e aí, Iowa?)
- Barreiras técnicas a equipamentos industriais
- Restrições a investimentos em setores estratégicos
Não é à toa que os empresários do agronegócio estão com o pé atrás — afinal, nessa briga de gigantes, quem paga o pato é sempre o mesmo...
E o que dizem os especialistas?
Conversamos com um economista que prefere não se identificar (por motivos óbvios), e ele soltou a pérola: "Isso aqui tá com cara daquela briga de bar onde todo mundo sai machucado". Duro, mas realista.
Por outro lado, o ministro da Economia garante que o Brasil tem "cartas na manga" e que qualquer medida será proporcional. Será? O fato é que, enquanto os técnicos debatem porcentagens e cláusulas de exceção, os exportadores já sentem o caldo engrossar.
Uma coisa é certa: nessas alturas do campeonato, ninguém mais acredita em conversa mole. Ou o Brasil mostra os dentes, ou vira piada no jantar dos presidentes do G20. E aí, vai encarar?