
Numa reviravolta que deixou até os mais experientes de queixo caído, a Justiça paulista decidiu soltar dois pesos-pesados do mundo empresarial nesta quinta-feira (15). O dono da rede Ultrafarma e um diretor da Fast Shop — figuras que estavam no centro de uma tempestade jurídica — puderam respirar aliviados após meses com a corda no pescoço.
Pra quem não acompanhou o caso desde o começo (e olha, não julgo — essas coisas são um labirinto mesmo), a história é daquelas que mistura direito, política e muito, mas muito dinheiro. Os dois empresários estavam presos preventivamente desde abril, acusados de... bem, de umas coisinhas nada legais, pra dizer o mínimo.
O pulo do gato judicial
O que aconteceu? Basicamente, o Tribunal de Justiça de São Paulo deu um chega pra lá na decisão anterior. Os desembargadores — aqueles juízes que ficam lá no andar de cima da Justiça — entenderam que não tinha mais razão pra manter os caras atrás das grades. "Excesso de prazo", disseram. Traduzindo: a investigação tá demorando demais pra provar alguma coisa.
Não foi uma decisão unânime, claro. Tinha desembargador que tava com a faca nos dentes, defendendo que os dois deveriam continuar na cadeia. Mas no fim, prevaleceu o voto da maioria. E olha que interessante: o STJ (aquele tribunal importante em Brasília) já tinha dado um sinal verde pra soltura semana passada. Coisa de quem entende do riscado.
E agora, José?
Os advogados — aqueles caras de terno caro que a gente vê nos filmes — comemoraram como se tivesse acabado o campeonato. "Vitória da justiça", disseram. Do outro lado, o Ministério Público deve tá mordendo a língua de raiva, mas oficialmente só se limitaram a "respeitar a decisão".
O caso todo ainda tá longe de acabar, viu? Isso foi só um round. Ainda tem muita história pra rolar nos tribunais — e provavelmente nas manchetes também. Enquanto isso, os dois empresários voltam pra casa, mas com um monte de condições. Não podem sair do país, tem que ir toda semana assinar um papel no fórum... aquela maracutaia toda que a gente já conhece.
E aí, o que você acha? Justiça sendo feita ou mais um daqueles casos em que o dinheiro — e os bons advogados — falam mais alto? Difícil dizer, né? O certo é que em São Paulo, quando o assunto é Justiça e empresários ricos, a história nunca é preto no branco.