O ex-governador do Distrito Federal Jose Roberto Arruda continua oficialmente fora das disputas eleitorais. Em decisão unânime, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve nesta terça-feira (29) a inelegibilidade do político, confirmando sua condenação por abuso de poder político e econômico no conhecido escândalo da Caixa de Pandora.
Condenação histórica se mantém
Os ministros do STJ rejeitaram por unanimidade o recurso apresentado pela defesa de Arruda, que pedia a anulação da condenação. A decisão reforça que o ex-governador cometeu infrações eleitorais graves ao tentar comprar apoio político durante sua campanha em 2006.
O caso Caixa de Pandora, que veio à tona em 2009, revelou um esquema milionário de corrupção envolvendo deputados distritais. As investigações mostraram que Arruda participou ativamente da distribuição de vantagens indevidas para garantir apoio político à sua gestão.
Impacto na carreira política
Com a manutenção da inelegibilidade, Arruda segue impedido de concorrer a qualquer cargo eletivo pelo período determinado pela Lei da Ficha Limpa. Esta não é a primeira vez que o político enfrenta consequências judiciais - ele já havia sido preso preventivamente em 2010 durante as investigações do caso.
O julgamento no STJ representa mais um capítulo na longa batalha judicial do ex-governador, que já dura mais de uma década. A decisão demonstra o rigor do Judiciário contra crimes de corrupção e abuso de poder político, mesmo anos após os fatos terem ocorrido.
O que diz a defesa
A equipe jurídica de Arruda argumentava que não havia provas suficientes para sustentar a condenação e que o processo apresentaria vícios. No entanto, os ministros do STJ consideraram que as evidências colhidas durante as investigações eram robustas e suficientes para manter a sentença.
Esta decisão do Superior Tribunal de Justiça encerra mais uma etapa do processo, mas a batalha judicial de Arruda pode ainda seguir para outras instâncias, dependendo dos próximos movimentos de sua defesa.
