Caso Cid: STF Convalida Delação e Abala a Defesa de Bolsonaro em Inquérito Golpista
STF valida delação de Cid contra Bolsonaro no inquérito do golpe

O placar está se formando e, caramba, ele é decisivo. Numa reviravolta que ecoa pelos corredores do poder em Brasília, o Supremo Tribunal Federal (STF) consolidou uma maioria firme – são 6 votos a 3, até o momento – para validar a delação premiada do ex-ministro Cid Gomes. O assunto? Nada mais, nada menos, do que o inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado.

E não pense que foi uma decisão tranquila. Longe disso. A sessão foi um verdadeiro cabo de guerra jurídico, com ministros travando um debate acalorado sobre a legalidade do acordo. De um lado, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tentou de tudo para jogar a delação fora. Do outro, a Procuradoria-Geral da República, segurando a ponta e argumentando que as informações são preciosas e foram obtidas dentro da lei.

O Cerne da Questão: O que Cid Disse?

O depoimento de Gomes é, para ser bem direto, uma bomba de efeito retardado. Ele não ficou nas meias-palavras. O ex-ministro apontou o dedo diretamente para Bolsonaro, identificando-o como o grande arquiteto, o "mentor intelectual" por trás de toda a trama que visava, supostamente, desestabilizar as instituições e manter o ex-presidente no poder. São acusações graves, do tipo que deixam um silêncio pesado no ar.

E aí, é claro, a pergunta que fica: isso muda tudo? Bom, para os especialistas em direito constitucional que acompanham o caso, a validação da delação pela Suprema Corte é como abrir a porta traseira do castelo. Dá acesso a um novo arsenal de provas e versões que podem ser decisivas para o andamento – e talvez até o desfecho – do inquérito.

Os Votos e as Divergências

Numa demonstração clara de que o tema é um vespeiro, o relator, ministro Alexandre de Moraes, foi seguido por outros cinco colegas: Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Luiz Edson Fachin, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Juntos, formam uma barreira sólida que praticamente garante o fim dessa discussão.

Mas do outro lado do ringue, os ministros Kassio Nunes Marques, André Mendonça e Flávio Dino – sim, o mesmo Dino que recentemente assumiu a cadeira – bateram o pé. A tese deles? Que houve supostas irregularidades no processo de formalização do acordo de delação. Uma divergência técnica e robusta, mostrando que o assunto está longe de ser um consenso.

O caso, que corre sob sigo absoluto no STF, é um daqueles que vai definir os rumos políticos do país nos próximos meses. A validação da delação de Cid Gomes não é apenas mais um capítulo; é uma virada de jogo. E todo mundo, de Brasília aos botecos do país, está de olho.