PF desmantela esquema milionário de fraude em contratos de livros didáticos para prefeituras
PF combate fraude em livros didáticos de prefeituras

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (29) uma operação de grande porte em Embu das Artes, na Grande São Paulo, para desarticular uma organização criminosa especializada em fraudar licitações de livros didáticos destinados a prefeituras de várias cidades brasileiras.

Esquema milionário em licitações públicas

De acordo com as investigações, o grupo atuava há anos no superfaturamento de contratos com municípios, especialmente na área educacional. Os investigadores estimam que os prejuízos aos cofres públicos possam chegar a milhões de reais.

Os alvos da operação são suspeitos de utilizar empresas laranjas e documentação falsa para vencer licitações de forma fraudulenta. As empresas do grupo supostamente criavam um cartel ilegal para dominar o mercado de fornecimento de material didático para a rede pública de ensino.

Como funcionava a fraude

As investigações revelaram que os criminosos utilizavam diversas artimanhas para burlar o sistema:

  • Superfaturamento dos valores dos livros e materiais didáticos
  • Criação de empresas fantasmas para simular concorrência
  • Uso de laranjas para ocultar os verdadeiros responsáveis
  • Fraudes em editais para beneficiar empresas do grupo
  • Pagamento de propina a servidores públicos

Operação em andamento

A operação batizada de "Livros Sagrados" cumpre mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados em Embu das Artes e região. Os policiais apreenderam documentos, computadores e outros materiais que podem comprovar as irregularidades.

As investigações começaram após denúncias anônimas e cruzamento de dados do sistema de licitações públicas. A PF identificou padrões suspeitos em contratos firmados entre as empresas investigadas e diversas prefeituras do estado de São Paulo.

Os investigados responderão por crimes de formação de quadrilha, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva. As penas podem chegar a 20 anos de prisão.