
A Justiça de Sorocaba determinou que um banco apresente, no prazo de 10 dias, todos os extratos bancários relacionados à compra de um prédio superfaturado no valor de R$ 10 milhões. A decisão faz parte de uma investigação que pode revelar um esquema de corrupção envolvendo a transação imobiliária.
Segundo a ação judicial, há indícios de que o valor pago pelo imóvel esteja muito acima do mercado, levantando suspeitas de desvio de recursos. O juiz responsável pelo caso destacou a necessidade de transparência nas operações financeiras envolvidas.
Os documentos solicitados incluem:
- Extratos das contas utilizadas na transação
- Comprovantes de transferência
- Registros de autorizações para o pagamento
Especialistas em direito imobiliário afirmam que casos de superfaturamento em compras de imóveis têm se tornado frequentes e costumam esconder operações ilícitas. "Quando o valor declarado não condiz com a realidade do mercado, é sinal de alerta", explica um advogado consultado pela reportagem.
A instituição financeira envolvida no caso ainda não se manifestou publicamente sobre a decisão judicial. Caso não cumpra o prazo estabelecido, o banco poderá sofrer sanções, incluindo multas diárias.
O imóvel em questão está localizado em área valorizada de Sorocaba e seria destinado a uso comercial. Autoridades investigam se há envolvimento de agentes públicos no esquema.