A saída do navio de guerra USS George Washington das águas de Trinidad e Tobago nesta quarta-feira (30) marca um novo capítulo na crescente tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela. O porta-aviões nuclear havia chegado à região na segunda-feira (28) para exercícios navais, gerando forte reação do governo venezuelano.
Operação Militar no Caribe
O imponente porta-aviões, com mais de 330 metros de comprimento e capacidade para transportar cerca de 90 aeronaves, realizou manobras consideradas "provocativas" pelo regime de Nicolás Maduro. A Marinha americana descreveu os exercícios como "operações de rotina para garantir a segurança marítima" na região.
Reação Venezuelana
O governo venezuelano não poupou críticas à presença militar americana no Caribe. Em comunicado oficial, classificou a movimentação como "uma ameaça direta à soberania regional" e convocou o embaixador americano para explicações. As relações entre os dois países já estavam deterioradas devido a sanções econômicas e disputas geopolíticas.
Posicionamento de Trinidad e Tobago
As autoridades de Trinidad e Tobago mantiveram uma postura cautelosa durante todo o episódio. O primeiro-ministro Keith Rowley afirmou que o país "não tem interesse em se envolver em conflitos internacionais", mas reconheceu o direito de navegação em águas internacionais.
Contexto Geopolítico
- Venezuela e EUA mantêm relações tensas desde o governo de Hugo Chávez
- A região do Caribe tem sido palco de disputas de influência entre potências
- Recentes descobertas de petróleo no Atlântico aumentam o interesse estratégico na área
Especialistas em relações internacionais alertam que a situação pode se agravar caso novas movimentações militares ocorram na região. O episódio do USS George Washington reforça a percepção de que o Caribe se tornou mais um tabuleiro de xadrez geopolítico global.