Israel admite erro após bombardeio atingir única igreja católica de Gaza — três mortos
Israel admite erro em ataque a igreja em Gaza; 3 mortos

Não foi um dia qualquer em Gaza. Entre a fumaça e os escombros, uma cena que chocou até os mais endurecidos pela guerra: a única igreja católica da região, reduzida a ruínas após um bombardeio israelense. E o pior? O governo de Israel admitiu — pasme — que foi um "erro trágico".

Três vidas se foram nesse tropeço militar. Três histórias interrompidas por um míssil que, supostamente, deveria ter outro alvo. "A gente até entende os riscos de uma zona de conflito", diz um morador local, "mas uma igreja? Onde já se viu?"

O que sobrou do sagrado

O prédio, que resistiu a décadas de tensão na região, não aguentou os 30 segundos de ataque. Vidros estilhaçados, paredes desmoronadas e — detalhe macabro — crucifixos intactos entre os destroços. Uma ironia que não passou despercebida.

Do lado de fora, um silêncio pesado. Só quebrado pelo choro abafado de um padre idoso. "Era aqui que as famílias vinham buscar conforto", murmura ele, segurando um terço quebrado. "Agora é só mais um monte de cimento."

As desculpas oficiais (e a desconfiança)

O comunicado do exército israelense veio com aquela linguagem técnica de sempre: "alvo não intencional", "investigação em andamento", "lamentamos profundamente". Sabe aquele jeito burocrático de dizer "fizemos merda, mas não vamos assumir de verdade"?

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Enquanto isso, nas redes sociais, a hashtag #GazaSobAtaque voltou a trendar. E não, não foi só entre ativistas — até políticos conservadores europeus soltaram frases de efeito contra o ocorrido. Quando a bala erra até o alvo dos extremistas, é porque a coisa tá feia.

E agora?

O que resta é aquele gosto amargo de injustiça. Promessas de reconstrução (que ninguém acredita), investigações (que nunca chegam a lugar nenhum) e — claro — a certeza de que, em algumas horas, o mundo vai seguir em frente como se nada tivesse acontecido.

Enquanto escrevo isso, uma imagem me persegue: a de um menino palestino tentando limpar uma estátua de Nossa Senhora com a manga da camisa. Guerra e fé, destruição e esperança — a contradição humana em sua forma mais crua.