
Não é segredo que a educação brasileira enfrenta desafios de monta. Mas em São Paulo, a coisa tá mudando — ainda que a passos mais lentos do que se gostaria. Segundo os números mais recentes do MEC, o estado deu um salto na alfabetização, mas... (sempre tem um mas, né?) continua abaixo da média nacional. Que paradoxo, hein?
Os dados, divulgados nesta segunda-feira (14), mostram que entre 2024 e 2025, a taxa de crianças alfabetizadas no estado subiu de 68% para 73%. Um avanço, claro, mas quando você compara com a média nacional de 78%, a festa esfria um pouco. "É como comemorar um gol no final do jogo quando você tá perdendo de 3 a 1", brinca a professora Maria Fernanda, de uma escola municipal da capital.
O que explica essa defasagem?
Especialistas apontam três fatores principais:
- Rotatividade de professores: "Tem escola que troca de docente três vezes no mesmo ano. Como construir algo assim?", questiona o pedagogo Roberto Almeida
- Infraestrutura precária: Salas superlotadas, falta de material didático — o básico que não chega
- Descontinuidade de políticas públicas: "Todo governo quer inventar a roda de novo", critica a diretora escolar Lucia Mendonça
Curiosamente, enquanto o interior paulista mostra números animadores — algumas cidades atingiram 85% de alfabetização —, a região metropolitana patina. "Nas periferias da capital, a realidade é outra", comenta uma coordenadora pedagógica que preferiu não se identificar. "Muitas crianças chegam ao 3º ano sem conseguir escrever o próprio nome."
E agora, José?
O secretário estadual de Educação prometeu medidas "ousadas" para os próximos meses, incluindo um programa de tutoria e formação continuada para professores. Mas entre promessa e prática... (você sabe). Enquanto isso, escolas comunitárias têm feito milagres com poucos recursos, provando que nem tudo está perdido.
Uma coisa é certa: o caminho é longo, mas pelo menos São Paulo parece ter encontrado a trilha certa. Resta saber se vai acelerar o passo ou continuar nesse ritmo de carroça — enquanto o país segue de trem-bala.