
Era só mais uma manhã qualquer em Macapá quando a notícia explodiu como um foguete no grupo de WhatsApp da escola. Um talento escondido no norte do Brasil acabara de colocar o Amapá no mapa nacional da matemática de um jeito que ninguém esperava.
O nome dele? Bem, isso quase não importa — o que vale é o feito. Enquanto muitos adolescentes estavam preocupados com redes sociais ou games, esse garoto de 16 anos passava tardes inteiras resolvendo equações que fariam a maioria de nós torcer o nariz.
O caminho até o pódio
Não foi fácil. A preparação começou dois anos atrás, quando o professor de matemática — aquele cara sempre com manchas de café na camisa — puxou o aluno de lado e soltou a frase: "Você tem um dom, mas dom sem suor vira só poeira".
E suor não faltou:
- Acordar às 5h para estudar antes da escola
- Fins de semana dedicados a resolver problemas impossíveis
- Até as paredes do quarto cobertas de fórmulas
Quando chegou o dia da prova nacional, o nervosismo quase atrapalhou tudo. "Parecia que meu estômago ia sair pela boca", confessou depois. Mas aí aconteceu o inesperado — quanto mais ele lia as questões, mais calmo ficava. Era como se os números começassem a dançar na sua frente, formando padrões que só ele conseguia ver.
O momento da vitória
Quando anunciaram os resultados, até a diretora da escola — normalmente uma figura séria — pulou como criança. A medalha de ouro veio acompanhada de algo mais valioso: a certeza de que talento existe em todo canto, até nos lugares que o Brasil às vezes esquece no mapa.
"Isso aqui não é só meu", disse o estudante, segurando a medalha com mãos trêmulas. "É da minha família, dos meus professores, de todo mundo que acreditou quando eu mesmo duvidei."
E agora? Bem, o futuro parece brilhante como os números que ele tanto ama. Universidades já estão de olho, mas o garoto prefere pensar no presente: "Agora quero ajudar outros alunos a descobrirem que matemática não é bicho-papão".