Três anos se passaram desde a aprovação no Conselho Universitário, mas a Unicamp finalmente tirou do papel um projeto que vai mudar o jogo para muitos estudantes. A universidade acaba de formalizar a compra de um terreno estratégico — e olha que a negociação não foi moleza.
Quem já viveu a saga de procurar república em Campinas sabe: é um sufoco. Com preços absurdos e oferta escassa, a nova área promete ser um alívio para o bolso e o psicológico dos alunos. A administração garante que o local vai abrigar novos blocos de moradias, mas ainda não soltou detalhes sobre prazos ou quantas vagas serão criadas.
O caminho até aqui
Em 2022, quando o Consu deu o aval, ninguém imaginava que a burocracia ia enrolar tanto. Entre licitações, estudos de viabilidade e — claro — aquele vai-e-vem típico de órgãos públicos, o processo foi engolindo tempo como um ralo. "É um avanço importante, mas tardio", comentou um veterano que preferiu não se identificar, enquanto arrumava suas coisas para mais um semestre de aluguel caríssimo.
O terreno fica na região metropolitana de Campinas, mas a Unicamp mantém segredo sobre o endereço exato. Especula-se que a área tenha entre 5 e 8 mil m² — espaço suficiente para abrigar centenas de estudantes, principalmente os de baixa renda que mais sofrem com a falta de opções acessíveis.
E agora?
Com o papel passado, começa a fase mais complexa: projetar, construir e — quem sabe — até repensar o modelo de moradias universitárias. Será que vão incluir espaços coletivos? Cozinhas comunitárias? Áreas de estudo? A comunidade acadêmica espera ansiosa por mais informações.
Enquanto isso, nas redes sociais, os memes já começaram: "Comprou o terreno em 2025, as obras terminam em 2040" brincou um perfil anônimo de estudantes. Brincadeiras à parte, a notícia traz um sopro de esperança para quem precisa conciliar estudos com a dura realidade do custo de vida nas cidades universitárias.
