Comunidades de Oriximiná celebram acordos de pesca e mergulham em ações de educação ambiental
Oriximiná une pesca e educação ambiental em ações comunitárias

Imagine um lugar onde o rio não é só água, mas o coração da comunidade. Em Oriximiná, no oeste do Pará, essa realidade pulsa forte. Na última semana, pescadores, ribeirinhos e até crianças se reuniram para celebrar algo que vai muito além de um simples acordo: um pacto com o futuro.

Não foi só assinatura de papel, não. Teve festa, teve debate, teve até oficina pra ensinar os pequenos a fazer arte com material reciclado. Quem viu o olho brilhando da criançada entendeu na hora: educação ambiental não é discurso, é prática.

O rio que une

Os acordos de pesca – que parecem coisa burocrática – são na verdade uma revolução silenciosa. Eles definem regras claras: onde pescar, quando pescar, como preservar. "A gente não quer só peixe hoje, quer peixe pra sempre", me disse um pescador de mãos calejadas e sorriso fácil.

E olha que interessante: enquanto em alguns lugares o assunto meio ambiente vira briga, em Oriximiná virou motivo de festa. Teve:

  • Rodas de conversa que misturavam saberes tradicionais e científicos
  • Oficinas que transformavam lixo em arte (e consciência)
  • Até um mutirão de limpeza nas margens do rio – que por saindo, rendeu histórias pra contar

Educação que vem de berço

O mais bonito? Ver os mais novos envolvidos. Enquanto os adultos discutiam normas, as crianças aprendiam brincando. Uma delas, não deve ter mais que oito anos, me disse com toda convicção: "Tio, eu vou cuidar do rio pro meu filho pescar também". Arrepia.

E não pense que foi só discurso. As ações concretas incluíram:

  1. Distribuição de material educativo (feito pela própria comunidade)
  2. Demonstrações de técnicas de pesca sustentável
  3. Atividades práticas de monitoramento ambiental

No final, o que ficou foi mais que um evento. Foi a prova de que quando a comunidade abraça a causa, o meio ambiente sorri de volta. E Oriximiná, com seu jeito acolhedor e determinado, mostrou mais uma vez que desenvolvimento e preservação podem – e devem – andar de mãos dadas.