A possibilidade de explorar novos países e culturas ficou mais acessível para os brasileiros. Atualmente, quatro companhias aéreas de baixo custo, as chamadas low cost, operam voos internacionais a partir do Brasil, oferecendo passagens com preços que partem de valores como 100 dólares para destinos na América do Sul e no Caribe.
O modelo low cost: economia acima de confortos
O conceito de aviação popular, que revolucionou o mercado global, tem uma história marcante. Tudo começou com a Southwest Airlines, nos Estados Unidos, em 1970. No entanto, foi apenas nas décadas de 1990 e 2000 que o modelo se consolidou mundialmente, com gigantes como Ryanair e EasyJet.
No Brasil, a chegada das low cost foi mais tardia. A pioneira foi a chilena Sky Airline, que iniciou suas operações em solo brasileiro em 2014. Ela foi seguida pela JetSMART e pela argentina Flybondi, ambas em 2019. A mais recente é a dominicana Arajet, que começou a voar para o país em 2022.
O modelo de negócios dessas empresas prioriza rotas ponto a ponto, frotas padronizadas e a cobrança separada por serviços. O passageiro paga uma tarifa básica e adiciona apenas o que desejar, como bagagem despachada, mala de mão extra ou alimentação a bordo. Por lei, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) exige que todas as passagens incluam, no mínimo, um item pessoal de até 10 kg que caiba sob o assento da frente.
Destinos e rotas a partir do Brasil
Juntas, as quatro companhias realizam 130 voos semanais, conectando nove cidades brasileiras a diversos destinos internacionais. As bases de operação no Brasil são: São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte, Foz do Iguaçu, Recife e Natal.
Os voos levam a países como Argentina, Chile, Peru, Uruguai, Paraguai e República Dominicana. Um exemplo de tarifa é a rota entre Rio de Janeiro e Buenos Aires, com valores médios entre 100 e 200 dólares. Os preços, contudo, são dinâmicos e variam conforme a demanda, promoções e o pacote de serviços selecionado.
Conheça cada uma das companhias
Sky Airline: A primeira low cost a operar no Brasil, em 2014, é de origem chilena. Oferece 46 voos semanais a partir de seis cidades brasileiras, com destinos para Chile, Uruguai, Argentina e Peru. Tem rotas sazonais para o inverno chileno (junho a setembro). A passagem mais barata encontrada para Santiago parte de 114 dólares.
Arajet: A mais nova no mercado brasileiro, concentra suas operações no Aeroporto de Guarulhos (SP), com sete voos semanais para Punta Cana, na República Dominicana. A grande vantagem são as conexões a partir de seu hub: são 26 destinos em 16 países, incluindo Chile, Peru, México, EUA e Canadá. Um voo para janeiro de São Paulo a Punta Cana custa cerca de 800 reais.
JetSMART: Opera no Brasil desde 2019 com 58 voos semanais. Conecta o país a Montevidéu (Uruguai), Assunção (Paraguai), Santiago (Chile) e Buenos Aires, Mendoza e Córdoba (Argentina). Desde seu lançamento, em 2016, já transportou mais de 42 milhões de passageiros. Para janeiro, um trecho entre Rio e Santiago está cotado em aproximadamente 700 reais em seu site.
Flybondi: Chegou ao Brasil em 2019, um ano após seu lançamento na Argentina. Opera a partir dos aeroportos do Galeão (RJ), Guarulhos (SP) e Hercílio Luz (SC). A partir de dezembro de 2025, expandirá para Salvador e Maceió. Atualmente tem 19 voos semanais, número que saltará para 58 no verão. A empresa também oferece conexões a partir de Buenos Aires para o Paraguai, Peru e 17 cidades argentinas. Uma passagem do Rio para Buenos Aires no início de fevereiro custa por volta de 1500 reais.
Para quem planeja uma viagem internacional com orçamento limitado, pesquisar as opções das companhias de baixo custo tornou-se um passo essencial. A variedade de rotas e a flexibilidade de serviços permitem ao viajante montar o pacote ideal, priorizando o destino e economizando no trajeto.