
Era uma vez um dinheiro que sumiu. Sumiu do bolso de gente que confiou — e se ferrou. Mas essa história, finalmente, parece ter um capítulo menos amargo. A partir desta quinta-feira (24), o INSS começa a devolver grana pra quem caiu em golpes na previdência no Piauí. Só que tem um detalhe: mais de 26 mil pessoas ainda não meteram o pé nesse acordo.
O que tá rolando?
Pois é, o negócio é o seguinte: quem foi vítima de fraude — aqueles esquemas de empréstimos consignados feitos sem autorização — pode finalmente respirar aliviado. O juiz deu o ok, o dinheiro tá saindo. Mas tem um porém que não dá pra ignorar: uma multidão de 26.317 pessoas simplesmente não apareceu pra garantir seu direito.
Não é brincadeira. O valor médio de cada restituição tá batendo na casa dos R$ 4 mil. Faz as contas: é grana que poderia tá girando na economia local, ajudando famílias que foram lesadas. Mas não, muita gente deixou passar.
Como funciona o reembolso?
O esquema é simples (ou deveria ser):
- Quem já aderiu ao acordo judicial recebe direto na conta
- Os valores são depositados conforme a ordem de adesão
- Pra quem não fez nada ainda, a dica é correr atrás do prejuízo
E olha que curioso: dos 39.716 processos abertos, só 13.399 pessoas toparam o acordo. Quase 70% ficaram de fora. Será que é desinformação? Medo? Falta de tempo? Difícil dizer, mas o fato é que muita gente tá deixando dinheiro na mesa.
E agora, José?
Pra quem perdeu o bonde da primeira leva de pagamentos, ainda dá tempo de embarcar. O Ministério Público Federal — aqueles caras que não dormem em serviço — continua recebendo novas adesões. Mas não vai achando que é só chegar com o pé na porta. Tem que apresentar documentação, comprovar que foi vítima mesmo.
Ah, e pra quem tá pensando "será que eu tô nessa lista?", a dica é ligar no (86) 3131-9000 ou dar uma olhada no site do MPF-PI. Melhor perder meia hora conferindo do que descobrir depois que o trem já passou, né?
No fim das contas, essa história toda mostra duas coisas: primeiro, que o sistema tem falhas graves (ninguém merece ter o nome usado sem autorização). Segundo, que mesmo quando a justiça tenta consertar as coisas, tem gente que — sei lá por qual motivo — prefere ficar de fora. Difícil entender, mas cada um com seus mistérios.