Lula atribui queda recorde da pobreza a menor inflação e salários maiores
Lula vincula queda da pobreza a inflação baixa e salários

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (3), que a significativa redução dos índices de pobreza e extrema pobreza no Brasil está diretamente conectada ao controle da inflação e à valorização da renda dos trabalhadores. A declaração foi feita durante cerimônia no Polo Automotivo do Ceará, em Horizonte, que marcou o início da produção de veículos elétricos da General Motors no país.

Dados econômicos e impacto social

Lula citou os números recentemente divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para embasar seu discurso. O presidente destacou que o país vive atualmente a menor inflação acumulada em quatro anos, um fator crucial para o poder de compra da população.

Além disso, ele enumerou outros indicadores positivos: o maior crescimento real do salário mínimo e da massa salarial da história, somados à menor taxa de desemprego já registrada. "Hoje, nós temos o menor índice de pobreza de todos os 525 anos de história desse país. Por uma razão muito simples, o dinheiro está chegando na mão do povo", afirmou Lula.

Medidas fiscais e investimento industrial

Durante seu pronunciamento, o chefe do Executivo também lembrou medidas governamentais que, em sua visão, contribuem para a distribuição de renda. A isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil mensais, com vigência a partir de janeiro de 2026, foi um dos pontos citados. "É por isso que nós fizemos o desconto do Imposto de Renda, porque, no Brasil, o rico paga proporcionalmente menos do que o pobre", observou.

Lula ainda mencionou o crescimento econômico consistente acima de 3% ao ano desde 2023. A cerimônia no Ceará simbolizou um avanço na política industrial, com a GM iniciando a fabricação de carros elétricos. O presidente ressaltou a liderança brasileira em energia renovável. "O Brasil já tem 53% de energia renovável, enquanto países desenvolvidos querem chegar a 40% em 2050", comparou.

Visão do governo e agenda no Ceará

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também participou do evento. Ele reforçou que o anúncio fortalece a cadeia automotiva nacional e impulsiona a mobilidade sustentável. Alckmin lembrou que esta é a terceira fábrica de automóveis reaberta durante a atual gestão, revertendo um cenário de crise e ociosidade no setor. O ministro citou o programa de incentivo à venda de veículos e o lançamento da Nova Indústria Brasil (NIB) como parte da estratégia de reaquecimento.

Mais cedo, ainda no estado do Ceará, a agenda presidencial incluiu outros compromissos importantes em Fortaleza:

  • Entrega das novas carteiras nacionais de docentes a professores.
  • Assinatura da autorização para a terceira etapa de obras do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) na Base Aérea de Fortaleza, com investimento de R$ 181,3 milhões.

As declarações de Lula no Ceará sintetizam a narrativa do governo de que a combinação entre estabilidade econômica, políticas sociais direcionadas e incentivo à indústria de ponta são os pilares para a redução das desigualdades e o desenvolvimento nacional.