Lisa Cook no Banco Central dos EUA: A Batalha Política que Pode Mudar os Rumos da Economia Americana
Lisa Cook no Fed: batalha política em Washington

Parece que a poeira ainda não baixou no que diz respeito à permanência de Lisa Cook no Federal Reserve. A economista, que já vinha dando o que falar desde sua indicação pelo presidente Biden em 2022, está novamente no centro de uma tempestade política — e desta vez, com um sabor bastante republicano.

Nesta quinta-feira (28), o Comitê Bancário do Senado dos Estados Unidos realizou uma audiência que, convenhamos, foi tudo menos monótona. Cook, uma das sete integrantes do poderoso Conselho de Governadores do Fed, sentou-se para discutir sua recondução ao cargo. E olha, o clima não estava exatamente amistoso.

O Jogo de Poder por Trás das Políticas Monetárias

Quem acompanha o noticiário político sabe: nada no Capitólio é simples. A indicação de Cook precisa ser confirmada pelo Senado — e aí é que está o busílis. Com os republicanos controlando a casa, a tarefa se transformou numa espécie de jogo de xadrez de alto risco.

Os senadores do Partido Republicano, é claro, não economizaram nas críticas. Eles questionaram — com certa veemência, diga-se — as decisões de política monetária tomadas durante seu mandato. A inflação, aquela velha conhecida que assombrou a economia americana nos últimos anos, foi o carro-chefe das interpelações. Não é de se estranhar, né?

Um Mandato Cheio de Altos e Baixos

Lisa Cook não chega à renovação do mandato de mãos vazias. Sua trajetória no Fed começou em maio de 2022, completando o período não terminado de um outro membro. Desde então, ela vem participando ativamente das decisões que definem os rumos da maior economia do mundo.

E que período, hein? Ela votou a favor de todas aquelas altas agressivas dos juros que Jerome Powell comandou para domar a inflação — medidas duras, mas que, parece, finalmente estão dando resultado. A economia americana vem mostrando sinais de resiliência, com o mercado de trabalho especialmente forte.

Mas é claro que na política nada é linear. O mandato completo de Cook seria de 14 anos — sim, você leu certo: catorze anos — terminando só em janeiro de 2038. Um tempo suficiente para acompanhar várias reviravoltas econômicas.

As Críticas e os Elogios

Do lado democrata, o apoio parece firme. Eles destacam a competência técnica de Cook e sua experiência acadêmica — ela é PhD pelo Berkeley e foi professora na Universidade Michigan, além de ter passado pelo Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca.

Já os republicanos... bem, eles têm suas ressalvas. Muitas delas. A principal delas? Alegam que o Fed foi lento demais ao reagir à inflação pós-pandemia e que Cook fez parte desse processo. É aquela velha história: para cada especialista, uma opinião diferente.

O que me faz pensar: será que as críticas são realmente técnicas ou escondem um jogo político mais amplo? Difícil dizer, mas o cheiro de partidarismo no ar era inegável.

O que Esperar dos Próximos Capítulos

A confirmação — ou não — de Lisa Cook vai depender de como os senadores avaliarão seu desempenho passado e suas perspectivas futuras. E não é exagero dizer que a economia global está de olho.

Decisões do Fed não afetam apenas os americanos; elas ecoam por bolsas de valores, taxas de câmbio e políticas monetárias no mundo inteiro. Um movimento errado aqui pode causar um tremor financeiro do outro lado do planeta.

Enquanto isso, Cook segue defendendo seu legado. Em suas próprias palavras durante a audiência, as políticas implementadas "estão funcionando" e a inflação está, sim, recuando. Resta saber se os senadores republicanos vão comprar esse argumento.

Uma coisa é certa: essa novela ainda vai dar muito pano pra manga. E o mercado, como sempre, ficará de olho em cada desenvolvimento.