Governo reduz IOF, mas aumenta IR no mercado: entenda as mudanças
IOF cai, IR sobe: mudanças nos impostos

Em uma jogada que mistura alívio e aperto, o governo federal anunciou nesta semana a redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), mas, por outro lado, decidiu aumentar a alíquota do Imposto de Renda (IR) sobre aplicações financeiras. A medida já está em vigor e promete impactar diretamente o bolso dos investidores.

O que muda com a redução do IOF?

A principal mudança é a diminuição da cobrança do IOF sobre crédito, câmbio e seguros. Para operações de crédito, por exemplo, a alíquota caiu de 0,38% para 0,20%. Já no câmbio, a redução foi de 1,10% para 0,60%.

E o aumento do IR?

Para compensar a queda na arrecadação com o IOF, o governo decidiu aumentar a alíquota do IR sobre investimentos em renda fixa e fundos de investimento. Agora, a cobrança passa de 15% para 20% para aplicações com prazo inferior a 180 dias.

Como ficam os investimentos?

  • CDB, LCI e LCA: alíquota sobe para 20% em resgates antes de 180 dias
  • Fundos de investimento: mesma regra de 20% para resgates antecipados
  • Tesouro Direto: mantém alíquotas progressivas conforme prazo

Especialistas alertam que a medida pode desestimular aplicações de curto prazo, incentivando os investidores a pensarem no longo prazo.

Impacto no mercado

Analistas financeiros avaliam que a mudança pode trazer volatilidade ao mercado nos próximos dias, com possível migração de recursos para investimentos isentos ou com tributação menor, como ações e fundos imobiliários.

O governo justifica as alterações como necessárias para equilibrar as contas públicas, mas a oposição já critica a medida, classificando-a como "mais um golpe no pequeno investidor".