O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, utilizou a cerimônia de sanção da lei que amplia a isenção do Imposto de Renda para reforçar a importância do diálogo com o Congresso Nacional. O evento ocorreu nesta quarta-feira, 26 de novembro de 2025, no Palácio do Planalto.
Reconhecimento aos parlamentares
Em seu discurso, Haddad destacou o papel fundamental dos presidentes da Câmara e do Senado na aprovação da medida. Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP) foram citados nominalmente pelo ministro como peças decisivas para a tramitação do projeto.
"Sem o trabalho deles, seria impossível celebrar este ano e implementar o Imposto de Renda zero a partir do ano que vem", afirmou Haddad durante a solenidade. O ministro acrescentou que o Brasil precisa muito da liderança dos dois parlamentares para avançar na agenda econômica de 2025.
Ausência significativa
Apesar dos elogios públicos, ambos os congressistas optaram por não comparecer à cerimônia de sanção. O fato ganhou significado especial porque Motta e Alcolumbre estavam em Brasília no momento do evento, mas preferiram cumprir outros compromissos.
Nos bastidores do Congresso, a ausência foi interpretada como um sinal de desgaste na relação com o governo federal. Analistas políticos avaliam que o gesto representa uma manifestação de insatisfação com a condução política do Planalto e com conflitos recentes envolvendo a base governista.
Impactos da nova lei
A legislação sancionada estabelece que trabalhadores que recebem até R$ 5 mil mensais ficarão isentos do Imposto de Renda. A medida deve beneficiar milhões de brasileiros e representa uma das principais bandeiras do governo na área econômica.
Haddad enfatizou que a implementação do chamado "IR zero" depende da continuação do trabalho conjunto com o Legislativo. O ministro deixou claro que o governo dependerá da atenção e da liderança dos presidentes das duas Casas para concluir a agenda econômica considerada prioritária no próximo ano.
O episódio revela os desafios que o Executivo enfrenta para manter o apoio congressual necessário à implementação de suas políticas econômicas, mesmo em medidas populares como a isenção do Imposto de Renda para as faixas de renda mais baixas.