
Em um discurso contundente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não poupou críticas à oposição e defendeu com veemência a reforma tributária como peça-chave para o crescimento do país.
"Aqueles que hoje criticam a reforma são os mesmos que, quando estiveram no poder, não fizeram nada para melhorar o sistema tributário brasileiro", afirmou Haddad, em referência aos governos anteriores.
O peso das palavras
O ministro destacou que a reforma não é apenas uma necessidade econômica, mas também uma questão de justiça social. "Precisamos de um sistema mais simples e justo, que não sobrecarregue os mais pobres e os pequenos empresários", argumentou.
Os números que sustentam o discurso
Segundo dados apresentados por Haddad:
- O Brasil tem uma das cargas tributárias mais complexas do mundo
- Empresas gastam em média 1.500 horas por ano apenas para cumprir obrigações fiscais
- 40% dos recursos arrecadados vêm de tributos indiretos, que pesam mais sobre as classes menos favorecidas
A resposta da oposição
Líderes da oposição reagiram às declarações do ministro, acusando o governo de querer aumentar impostos disfarçadamente. "O que eles chamam de reforma é na verdade um aumento de carga tributária", afirmou um parlamentar da oposição.
Haddad rebateu: "Quem diz isso ou não entende do assunto ou está mentindo descaradamente. Nossa proposta reduz a carga sobre a produção e simplifica o sistema"
O que esperar dos próximos meses
Analistas políticos acreditam que o embate sobre a reforma tributária deve se intensificar no Congresso, com tentativas de negociar pontos específicos da proposta. O governo afirma estar aberto ao diálogo, mas mantém sua posição sobre a necessidade urgente da aprovação.
"O Brasil não pode mais esperar. Cada dia de atraso nesta reforma é um dia a menos de crescimento econômico e geração de empregos", finalizou Haddad.