Derrota de Milei em Buenos Aires Abala Mercados: Ações Argentinas Desabam e Investidores Entram em Alerta
Derrota de Milei em Buenos Aires abala bolsa argentina

Parece que o vento de mudança que soprou com força há alguns meses na Argentina encontrou uma barreira política e, meu Deus, o mercado não gostou nem um pouco. A cotação das ações das maiores empresas argentinas simplesmente despencou nesta segunda-feira. E olha, não foi uma quedazinha qualquer – foi daquelas que fazem os investidores suarem frio e correrem para o botão de vender.

O estopim? Uma derrota surpreendente, para não dizer estrondosa, da coalizão libertária do presidente Javier Milei nas eleições legislativas realizadas em Buenos Aires no último domingo. A capital, que até então era considerada um reduto do ultraliberal, deu uma guinada efervescente e mostrou que a oposição ainda respira – e como!

O Efeito Dominó da Urna no Mercado

Assim que os resultados preliminares começaram a vazar, ainda no domingo à noite, o cheiro de crise já pairou no ar. Na abertura do mercado nesta segunda, o Índice S&P Merval da Bolsa de Buenos Aires, o principal do país, deu um tombo assustador de mais de 4%. Empresas gigantes, como os bancos Macro e Galicia, e a petrolífera YPF, foram algumas das que mais sangraram valor.

Não é exagero dizer que bilhões de dólares simplesmente evaporaram. E a pergunta que todo mundo se faz é: será que o projeto de Milei, aquele que prometia acabar com a máquina estatal e liberar a economia de vez, está com os dias contados?

O que Esperar do Futuro Imediato?

Bom, a realidade é que a derrota em Buenos Aires, sozinha, não paralisa o governo. Mas – e é um mas enorme – ela sinaliza uma resistência feroz e joga uma pá de cal no otimismo de que as reformas radicais passariam como um trator. O que se vê agora é um cenário de incerteza brutal, e o mercado, ah, o mercado odeia incerteza mais do que tudo.

Analistas que acompanham o país vizinho já preveem turbulência pela frente. Sem apoio legislativo sólido na capital, fica muito mais complicado para Milei aprovar medidas impopulares, mas que ele considera vitais para o ajuste fiscal. É uma encruzilhada clássica: ou ele negocia e abranda o programa, ou empaca de vez.

E para nós, brasileiros? Fica o alerta. A Argentina é nosso principal parceiro comercial no Mercosul. Qualquer solavanco por lá acaba respingando aqui, seja no câmbio, no comércio exterior ou simplesmente no humor dos investidores que atuam em ambos os lados da fronteira.

O que aconteceu em Buenos Aires foi mais que uma eleição. Foi um sinal de que a população pode estar esgotada com os remédios amargos. Resta saber se o diagnóstico do presidente ainda vale ou se a receita vai ter que ser drasticamente alterada.