O Consórcio Nordeste dá um passo decisivo no planejamento do futuro da região. Nesta segunda-feira (1º), durante sua Assembleia Geral em Teresina, o grupo anunciará os projetos escolhidos na Chamada Nordeste, um ambicioso plano que vai injetar R$ 127,8 bilhões no processo de industrialização dos nove estados.
Investimentos bilionários e parcerias estratégicas
De um total de 246 propostas recebidas, as iniciativas selecionadas terão o financiamento garantido por uma poderosa rede de instituições financeiras públicas. Os recursos virão da Caixa Econômica Federal, do BNDES, do Banco do Nordeste, do Banco do Brasil, da Finep e da Sudene.
O anúncio oficial será feito na capital piauiense, com a presença maciça dos governadores. Apenas o chefe do executivo sergipano, Fábio Mitidieri (PSD), deve faltar ao encontro. Estarão presentes Rafael Fonteles (PT-PI), presidente do consórcio, e os demais líderes estaduais: Carlos Brandão (MA), Elmano de Freitas (CE), Fátima Bezerra (RN), João Azevedo (PB), Raquel Lyra (PE), Jerônimo Rodrigues (BA) e Paulo Dantas (AL).
Nordeste aposta em inteligência artificial e cooperação com a China
Além do anúncio dos megainvestimentos, a assembleia será palco de outro lançamento de peso: o Centro de Inteligência Artificial do Nordeste (Cian). Desenvolvido em parceria com a estatal Dataprev e a gigante chinesa Huawei, o centro tem objetivos claros e alinhados ao Plano Brasileiro de Inteligência Artificial.
Entre suas missões principais estão a implantação de uma infraestrutura tecnológica avançada dedicada à IA na região, a formação de uma nova geração de especialistas no tema e a promoção da transferência de tecnologia entre Brasil e China.
Agenda de compromissos e planejamento futuro
A programação do evento é densa e sinaliza a consolidação do bloco regional. Os governadores vão firmar acordos de cooperação com cinco instituições, incluindo o Sebrae e a ApexBrasil, reforçando a conexão entre desenvolvimento regional e promoção de negócios.
Também está prevista a divulgação do Relatório 2025 do consórcio, um balanço das ações recentes, e a aprovação do orçamento que vai guiar as atividades do grupo no ano de 2026. As decisões tomadas nesta assembleia em Teresina devem ecoar não apenas regionalmente, mas também no contexto nacional e internacional, especialmente com a aproximação da COP30, onde temas como transição energética e bioeconomia estarão no centro do debate.
