
O assunto tá pegando fogo nos corredores de Brasília. Enquanto uns batem o pé defendendo regras mais duras, outros torcem o nariz - e no meio disso tudo, o Tecon Santos vira o centro de uma briga que pode mudar as regras do jogo no maior porto da América Latina.
Nessa quinta, a Comissão de Defesa da Concorrência da Câmara resolveu meter a colher no vespeiro. O debate? Como equilibrar a disputa entre os operadores do terminal sem estrangular a competitividade do porto - que, diga-se de passagem, movimenta grana pra caramba.
O xis da questão
Pra quem não tá por dentro, a treta começou quando a Rumo e a Santos Brasil - duas gigantes do setor - começaram a trocar farpas na Justiça. De um lado, alegações de práticas anticompetitivas. Do outro, gritos de "intervenção estatal exagerada".
E olha que interessante: enquanto isso, os exportadores ficam no fogo cruzado, reclamando que no final quem se ferra é o setor produtivo. "Tá difícil planejar com tanta incerteza", diz um empresário do agronegócio que preferiu não se identificar.
O que pode mudar?
- Novas regras para divisão de capacidade entre operadores
- Possível revisão dos critérios de outorga
- Mecanismos para evitar "guerra de preços" que prejudiquem o porto
Os deputados parecem divididos. Tem quem defenda uma atuação mais dura do CADE, enquanto outros acham que o mercado deve se autorregular. "É preciso encontrar o ponto de equilíbrio", resumiu um parlamentar que acompanha o caso há meses.
E você, o que acha? Será que o Congresso vai acertar o passo nessa dança delicada entre concorrência e eficiência portuária? Uma coisa é certa: o desfecho desse debate vai ecoar bem além dos armazéns de Santos.