
Pois é, meus amigos, a Câmara dos Deputados acabou de dar uma guinada histórica na forma como o Brasil tributa a renda. E olha que interessante: foi por unanimidade! Sim, você leu direito — raridade nesses tempos de tanta divisão política.
O plenário aprovou com votação simbólica — e sem nenhum voto contrário, imagine só — o projeto que promete aliviar o bolso de milhões de brasileiros. A proposta isenta do Imposto de Renda quem recebe até R$ 5.000 mensais. Isso mesmo: cinco mil reais livres do leão.
E os mais ricos? Também entraram na dança
Ah, mas não pense que a festa é só para um lado. A outra face da moeda — e que gerou bastante debate nos bastidores — é a criação de uma alíquota mínima de 15% para contribuintes com rendimentos superiores a R$ 40 mil por mês.
Parece justo? Bem, os parlamentares acham que sim. A ideia é que quem ganha mais pague um pouco mais, enquanto a classe média e os trabalhadores de menor renda respiram aliviados.
Detalhe curioso: o projeto original do governo estabelecia a isenção em R$ 2.640. Os deputados, no entanto, foram mais ousados e praticamente dobraram esse valor. Alguém aí lembra daquele ditado "quem não arrisca não petisca"?
Como ficam as faixas atuais
Atualmente, a isenção vale para quem recebe até R$ 1.903,98 — valor que sobe para R$ 2.275,66 para aposentados com mais de 65 anos. A mudança, portanto, representa um salto significativo.
E tem mais: a proposta também aumenta o limite de dedução por dependente de R$ 189,59 para R$ 300. Parece pouco? Multiplique isso por uma família com dois filhos e você verá que a diferença no fim do mês não é desprezível.
E agora, o que esperar?
O projeto segue agora para análise do Senado Federal. E cá entre nós: a expectativa é que os senadores também embarquem nessa onda de reforma tributária.
Mas calma, não é para sair comemorando ainda. Essas mudanças só valerão a partir do ano-calendário de 2025 — ou seja, na declaração do IR de 2026. Paciência é uma virtude, não é mesmo?
Enquanto isso, os especialistas já começam a fazer as contas. Estimativas preliminares sugerem que cerca de 16 milhões de contribuintes podem ser beneficiados com a isenção ampliada. Número que não é brincadeira.
O relator da proposta, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), defendeu a medida como "justiça fiscal em sua essência". E completou: "Estamos redistribuindo o peso dos tributos de forma mais equânime".
Resta saber se o Senado vai comprar essa ideia — ou se vai querer dar sua própria roupagem ao texto. No mundo da política, como bem sabemos, nada está garantido até o último minuto.
Mas uma coisa é certa: a discussão sobre reforma tributária ganhou um novo capítulo. E desta vez, com sabor de vitória para quem vive de salário.