Em um discurso contundente no plenário do Senado, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) lançou pesadas críticas ao Banco Central e ao diretor de Política Monetária, Gabriel Galipolo. O parlamentar utilizou uma expressão peculiar para descrever o que chamou de efeito da política econômica atual sobre o país: "sonolência lisérgica".
O Ataque à Política Monetária
Calheiros não poupou palavras ao se referir à gestão de Galipolo no Banco Central. "O novo diretor do BC, Gabriel Galipolo, está produzindo uma sonolência lisérgica na condução da política monetária", afirmou o senador, sugerindo que a atual direção da autoridade monetária estaria causando um estado de letargia perigosa na economia.
Contexto das Críticas
As declarações do parlamentar ocorrem em um momento delicado para a economia brasileira, marcado por:
- Discussões sobre a trajetória dos juros básicos
- Pressões inflacionárias persistentes
- Debates sobre a autonomia do Banco Central
- Expectativas do mercado em relação à política monetária
Histórico de Tensões
Renan Calheiros já havia demonstrado insatisfação com a nomeação de Galipolo para o Banco Central. Durante a sabatina do diretor no Senado, em maio do ano passado, o parlamentar foi um dos que votou contra a indicação, demonstrando desde então ressalvas à sua atuação.
O Impacto no Cenário Econômico
As críticas do senador refletem o mal-estar crescente entre alguns setores políticos em relação à condução da política econômica. A expressão "sonolência lisérgica" busca capturar a percepção de que o Banco Central estaria agindo com excessiva cautela ou falta de vigor diante dos desafios econômicos atuais.
O discurso de Calheiros acende um alerta sobre as tensões entre o Poder Legislativo e a autoridade monetária, em um momento onde a coordenação entre políticas fiscal e monetária se mostra crucial para o desenvolvimento econômico do país.