Brasil na Contramão: Especialistas Alertam que Mudanças no Regime de Partilha Podem Afugentar Investimentos Bilionários do Pré-Sal
Brasil arrisca bilhões com mudanças no pré-sal

Parece que o Brasil insiste em cometer os mesmos erros do passado. E desta vez, a conta pode sair ainda mais cara. Um estudo recente do INEEP - Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis traz um alerta que deveria fazer soar todos os alarmes em Brasília.

O que está em jogo? Nada menos que o futuro da nossa soberania energética e bilhões em investimentos que poderiam transformar de vez a economia nacional.

O jogo de interesses por trás das mudanças

O regime de partilha, aquele mesmo que garante à União o controle sobre nossas reservas estratégicas, está sendo minado por dentro. E o pior: de forma silenciosa, quase imperceptível para a maioria dos brasileiros. O relatório do INEEP mostra como alterações aparentemente técnicas no marco regulatório estão, na prática, desmontando um sistema que nos colocou no mapa mundial do petróleo.

Não é exagero. Estamos falando de um patrimônio que levou décadas para ser construído e que pode ser dilapidado em poucos anos.

Os números que assustam

O pré-sal brasileiro sempre foi a nossa joia da coroa. Mas e se alguém estivesse tentando trocar diamantes por bijuterias? O estudo aponta que:

  • Investimentos previstos de US$ 102 bilhões estão em risco
  • A participação da União nos lucros pode cair drasticamente
  • Empresas estatais estrangeiras ganham espaço enquanto a Petrobras perde força
  • O papel da PPSA (Pré-Sal Petróleo SA) está sendo esvaziado progressivamente

É como assistir a um filme que já vimos antes - e que terminou mal.

Quem ganha com essa história?

Aqui mora o grande mistério. Ou melhor, nem é tão mistério assim. Enquanto o Brasil discute bobagens nas redes sociais, grupos com interesses muito específicos avançam silenciosamente sobre um dos nossos maiores patrimônios.

O relatório é claro: as mudanças beneficiam principalmente grandes corporações internacionais que sempre cobiçaram nossas reservas. E pior: algumas delas sequer pagam os royalties devidos, graças a brechas legais que parecem feitas sob medida.

É de deixar qualquer um com a pulga atrás da orelha, não?

O silêncio que incomoda

O que mais preocupa nessa história toda é o quase completo blackout na mídia tradicional. Um assunto dessa magnitude, que envolve o futuro energético do país, merecia capa de jornal e debate nacional. Mas parece que preferimos discutir qualquer outra coisa.

Enquanto isso, nas salas com ar condicionado de Brasília, decisões que vão impactar gerações são tomadas quase às escuras.

E agora, para onde vamos?

O INEEP não se limita a apontar problemas. O estudo traz caminhos concretos para reverter essa situação preocupante:

  1. Fortalecer a PPSA - dar à empresa os recursos e autonomia necessários para cumprir seu papel
  2. Revisão imediata das mudanças regulatórias que enfraquecem o regime de partilha
  3. Transparência total nos contratos e na atuação das empresas no pré-sal
  4. Debate público sobre o modelo que queremos para nossa indústria petrolífera

O tempo é curto. Cada dia de hesitação significa mais recursos indo embora e mais soberania sendo perdida. O Brasil não pode se dar ao luxo de repetir erros que já cometemos no passado.

Afinal, como diz o velho ditado: quem não conhece a história está condenado a repeti-la. E desta vez, a repetição pode nos custar caro demais.