Tarifaço nos EUA: Brasil ganha fôlego de 30 dias e adia retaliação comercial
Brasil adia por 30 dias resposta a tarifas dos EUA

Eis que o Brasil resolveu dar uma respirada nessa novela das tarifas americanas. A Camex — aquele comitê que decide os rumos do nosso comércio exterior — acabou de adiar por trinta dias o prazo para entregar o relatório sobre as tais medidas de reciprocidade contra os Estados Unidos.

Parece que a coisa tá mais enrolada do que fio de pipa em dia de ventania. O que era para ser resolvido agora no fim de setembro vai ficar para as calendas de outubro — ou melhor, até o dia 30 desse mês.

O que está em jogo?

Bom, resumindo a ópera: os americanos aumentaram as tarifas para uma penca de produtos brasileiros. Aço, alumínio, aquela velha história. E o Brasil, claro, não ia ficar com essa pulga atrás da orelha.

Agora, cá entre nós, trinta dias não é lá essa eternidade — mas no mundo das relações internacionais, às vezes uma semaninha já vira uma era geológica. Dá tempo de respirar, pensar melhor na jogada, e quem sabe até encontrar uma saída mais elegante que essa guerra de taxas.

Os bastidores da decisão

Pelos corredores do planalto, o clima é de cautela. Afinal, ninguém quer partir para uma briga feia com os Estados Unidos — mas também não dá para ficar de braços cruzados. É como aquele ditado: "melhor um mau acordo que uma boa briga". Só que, no caso, o acordo ainda tá no forno.

O pessoal do agronegócio, principalmente, tá com o frio na barriga. Eles sabem que qualquer retaliação pode afetar setores importantes — e ninguém quer cortar o próprio pé para se vingar do vizinho.

Enquanto isso, os técnicos do governo ganham esse tempinho extra para afinar melhor as contas. Porque, convenhamos, nessas horas cada decimal importa — e um erro de cálculo pode sair caro.

E agora, José?

A verdade é que o adiamento pode ser um sinal de várias coisas. Ou o governo tá com medo de piorar a situação, ou tá ganhando tempo para uma negociação mais ampla — ou simplesmente percebeu que a coisa é mais complexa do que parecia.

O certo é que, pelo menos por enquanto, a bola ficou rolando. E nesse jogo de xadrez comercial, às vezes não fazer nada é a jogada mais inteligente.

Vamos acompanhar — porque, como se diz por aí, "o diabo está nos detalhes". E nesse caso, os detalhes podem definir o futuro das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.