
Parece que todo mundo resolveu comprar online ao mesmo tempo, não é? Pois é exatamente essa loucura que está movimentando o mercado de galpões logísticos no Brasil de uma forma que ninguém imaginava.
As gigantes do comércio eletrônico — Shopee, Amazon e DHL — basicamente declararam guerra por espaço. E não é qualquer espaço: estamos falando de galpões industriais que se tornaram ouro nos últimos tempos.
O boom que pegou todo mundo de surpresa
Quem diria, hein? Enquanto alguns setores ainda patinavam na retomada pós-pandemia, o mercado de galpões simplesmente decolou. Dados da consultoria especializada SiiLA mostram algo impressionante: a demanda por galpões logísticos cresceu nada menos que 63% no primeiro trimestre de 2024 comparado ao mesmo período do ano anterior.
Isso não é crescimento — é explosão. E o mais curioso? A maior parte desse movimento veio justamente das operações de e-commerce.
Por que essa sede toda por galpões?
Pensa bem: com o brasileiro cada vez mais acostumado a comprar de tudo pela internet, essas empresas precisam de espaço. Muito espaço. Não é só para guardar produtos — é para montar verdadeiras cidades da logística, com centros de distribuição estrategicamente posicionados.
A Amazon, por exemplo, parece que não para de crescer. Só no último ano, expandiu sua rede de centros de distribuição de forma absurda. A Shopee, que nem é tão velha no pedaço, já está com múltiplos endereços pelo país. E a DHL? Nem se fala — a empresa alemã está ampliando sua presença como se não houvesse amanhã.
O que isso significa para o mercado?
Bom, para quem é dono de galpões, é como ganhar na loteria. Os valores de aluguel estão nas nuvens — em São Paulo, principalmente na região metropolitana, os preços subiram mais de 20% em alguns casos.
E não para por aí. A briga por localizações estratégicas está tão acirrada que algumas empresas estão fechando contratos antes mesmo dos galpões ficarem prontos. É como comprar apartamento na planta, só que em escala industrial.
Aliás, falando em localização… O grande segredo está em ficar perto dos grandes centros urbanos, mas não dentro deles. Porque o custo dentro das cidades está proibitivo, então a solução foi buscar municípios do entorno. Esperança de vida mais longa para as encomendas, digamos assim.
E os pequenos? Como ficam nessa história?
Excelente pergunta. Com as grandes corporações disputando cada metro quadrado disponível, os negócios menores estão tendo que se virar nos 30. Muitos estão migrando para locais mais afastados ou repensando totalmente suas estratégias de estoque.
É aquela velha história: quando os elefantes brigam, a grama que sofre. Só que neste caso, a grama são os negócios de médio porte que também precisam de espaço para crescer.
Para onde vamos daqui?
Olha, tudo indica que essa festa ainda vai longe. Especialistas do setor — gente que está no mercado há décadas — afirmam que a demanda deve continuar aquecida pelos próximos anos. A transformação digital do varejo brasileiro ainda está no começo, sabia?
E tem mais: com a expectativa de que o e-commerce continue crescendo a dois dígitos anualmente, essa corrida por galpões vai ficar ainda mais interessante. Ou desesperadora, dependendo de que lado você está.
O que me faz pensar: será que um dia vamos ver esses galpões tão disputados quanto apartamentos de luxo em São Paulo? Brincadeira… ou talvez não.
Uma coisa é certa — o cenário logístico brasileiro nunca mais será o mesmo. E isso, quer queira quer não, afeta todo mundo: desde o grande investidor até você que está esperando aquela encomenda chegar mais rápido.