
Parece que a Galapagos Capital não está nem um pouco satisfeita em descansar sobre os louros dos seus sucessos passados. Ricardo Bellissario, o cérebro por trás da operação, está com olhos maiores que a barriga — e o apetite é especificamente por imóveis americanos.
Numa conversa que mais pareceu um jogo de xadrez estratégico, Bellissario deixou escapar — com aquela confiança típica de quem já viu coisa pior — que estão de olho em mercados que outros investidores talvez estejam subestimando. E não, não estamos falando das óbvias Miami ou Nova York.
Para além dos caminhos batidos
O que me chamou atenção, francamente, foi a coragem. Enquanto muitos fogem de certas áreas como o diabo foge da cruz, a Galapagos está justamente farejando oportunidades onde outros veem perigo. Bellissario mencionou, com um brilho nos olhos que quase dava para ouvir pelo telefone, que cidades como Phoenix e Atlanta estão no radar.
Não são exatamente os destinos glamourosos que aparecem nos filmes, certo? Mas é exatamente aí que mora o ouro — ou melhor, o dólar. Eles estão caçando propriedades que possam ser compradas a preço de banana e, depois de uma boa reforma, vendidas como se fossem o último biscoito do pacote.
O pulo do gato
O segredo, segundo Bellissario, está em entender as nuances locais. Não adianta chegar metendo o louco — tem que saber com quem se fala, como o mercado respira, quais são as manhas do lugar. A Galapagos não é nenhuma Maria-vai-com-as-outras nesse sentido.
Eles já têm uma trajetória que impressiona. Desde 2019, praticamente quadruplicaram os ativos sob gestão. Não é pouca coisa, ainda mais considerando que foi justamente quando o mundo decidiu virar de cabeça para baixo.
O mais interessante? Eles não estão sozinhos nessa jornada. A construtora Tecnisa, sim, aquela mesma que você conhece dos grandes empreendimentos por aí, está de mãos dadas com a Galapagos nessa aventura americana. Parece que a receita de bolo está dando certo — e todo mundo quer uma fatia.
O que esperar dos próximos capítulos
Bellissario não deu todos os detalhes, claro — que graça teria se contasse todas as cartas? — mas deixou escorrer entre as palavras que os próximos doze meses serão, digamos, movimentados.
Mais aquisições estão a caminho, com foco naquelas propriedades que precisam de uma boa dose de TLC (tender loving care, para os íntimos). A ideia é simples: comprar, melhorar e vender — ou às vezes alugar, dependendo de como o vento sopra.
Para quem acompanha o mercado imobiliário, é difícil não sentir uma pontinha de admiração — ou talvez inveja — pela ousadia da Galapagos. Enquanto muitos ainda debatem se é hora de entrar ou sair, eles simplesmente estão fazendo.
Resta saber se a aposta vai dar certo. Mas, convenhamos, com um histórico como o deles, quem sou eu para duvidar?