Imagine só: um ex-corretor de imóveis, daqueles que vivem de comissão, transformando-se em milionário da noite para o dia. E o pior — ou melhor, dependendo do ponto de vista — é que ele conseguiu esse feito vendendo algo que, digamos, não estava exatamente dentro da lei.
Em Florianópolis, a ilha da magia — que agora também pode ser chamada de ilha dos lotes mágicos —, um empreendedor nada convencional embolsou mais de R$ 20 milhões comercializando terrenos em um bairro que, pasmem, nem deveria existir.
O esquema que virou um mar de dinheiro
Não foi um golpe de sorte, nem herança de família. O sujeito, que prefere ficar no anonimato (óbvio!), comprou uma área rural por um preço bem abaixo do mercado. Depois, como quem divide um bolo em fatias, repartiu o terreno em mais de mil lotes. Cada um vendido a preço de ouro para pessoas que, ou não sabiam da irregularidade, ou simplesmente ignoraram.
E olha que ironia: enquanto a prefeitura dizia que a região era imprópria para urbanização, nosso "herói" do mercado imobiliário paralelo já estava lá, com escrituras na mão e sorriso no rosto.
O que diz a lei — e quem a ignorou
Pela legislação, áreas rurais não podem ser transformadas em urbanas sem estudos técnicos e aprovação do município. Mas, entre papéis e realidade, parece que havia um abismo — e nosso ex-corretor soube navegar muito bem por ele.
- Lotes vendidos como "ótimos investimentos"
- Compradores iludidos com promessas de valorização
- Prefeitura assistindo tudo de camarote — pelo menos até agora
E o mais curioso? Alguns compradores já construíram casas. Outros, mais espertos, perceberam o golpe a tempo e estão tentando reaver o dinheiro. Difícil, né?
E agora, José?
A prefeitura acordou do sono profundo e promete tomar providências. Mas, entre promessa e ação, sabemos que pode haver um oceano de burocracia. Enquanto isso, nosso ex-corretor — agora empresário milionário — deve estar em algum lugar, talvez em uma praia privada, rindo à toa.
Moral da história: no mercado imobiliário, como na vida, nem tudo que reluz é ouro. Às vezes, é apenas um terreno irregular com preço inflado.
