Paraíba bate recorde com 1,6 milhão de ocupados em 2024, maior da série histórica
Paraíba tem 1,6 milhão de ocupados, recorde da série histórica

O estado da Paraíba alcançou um marco histórico no mercado de trabalho em 2024, registrando o maior número de pessoas ocupadas desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2012. Os dados, divulgados na Síntese de Indicadores Sociais 2025, mostram uma recuperação consistente do nível de ocupação nos últimos quatro anos.

Recorde de ocupação e queda no desemprego

O total de pessoas ocupadas na Paraíba chegou a 1,658 milhão em 2024. Este número representa um crescimento expressivo de 6,5% em relação ao ano anterior, quando o estado contabilizava 1,557 milhão de ocupados. Em termos absolutos, isso significa um acréscimo de 101 mil postos de trabalho em um ano.

Este é o quarto aumento anual consecutivo, consolidando uma trajetória de recuperação. O nível de ocupação, que mede a proporção de pessoas trabalhando em relação à população em idade ativa (14 anos ou mais), atingiu 50% em 2024. A evolução foi a seguinte: 40,2% em 2020, 41,5% em 2021, 45% em 2022, 47,7% em 2023 e, finalmente, 50% no ano passado.

Em contrapartida, o contingente de desocupados caiu para o menor patamar da série. A Paraíba tinha 151 mil pessoas desocupadas em 2024, uma redução de 7,9% (13 mil pessoas) frente às 164 mil de 2023. A taxa de desocupação estadual recuou de 9,5% para 8,3%, retornando a um patamar próximo ao recorde positivo de 2014, que foi de 8,1%.

Comparações regionais e nacionais

Apesar da melhora significativa, a taxa de desocupação paraibana de 8,3% ficou acima da média nacional, que foi de 6,6% em 2024. No entanto, o desempenho do estado foi melhor que a média da região Nordeste, que registrou 9,1%. Em um ranking nacional, a Paraíba apresentou a oitava maior taxa de desocupação anual entre todas as unidades da federação.

Outro indicador importante, a taxa de subutilização da força de trabalho, que inclui desocupados, subocupados por insuficiência de horas e pessoas na força de trabalho potencial, também apresentou melhora contínua. Ela caiu pelo quarto ano seguido, saindo de 43% em 2020 (o pior índice da série) para 24,3% em 2024, o menor nível já alcançado.

Ainda assim, o estado manteve a sétima maior taxa do país, ficando acima da média nacional de 16,2%, mas abaixo da média regional do Nordeste, de 26,4%.

Recuperação em curso, mas desafios persistem

Os dados do IBGE revelam um cenário de otimismo cauteloso. A trajetória de crescimento da ocupação e a redução do desemprego nos últimos quatro anos são pontos positivos e indicam uma recuperação robusta do mercado de trabalho paraibano pós-pandemia.

Entretanto, os números também mostram que ainda há um caminho a percorrer. O nível de ocupação de 50% em 2024, apesar de ser o melhor da série recente, permanece abaixo dos patamares observados na primeira metade da década passada. O ápice histórico foi registrado em 2014, quando o indicador atingiu 53,1%.

Isso demonstra que, mesmo com o recorde no número absoluto de ocupados, o potencial total da força de trabalho estadual ainda não foi totalmente recuperado, sinalizando que a geração de novas oportunidades de trabalho precisa se manter em ritmo acelerado para incluir mais pessoas na economia formal.