
O mercado corporativo brasileiro está vivendo um terremoto silencioso. E não, não é crise econômica — é crise de insatisfação. Um quarto dos executivos de alto escalão no país já colocou o pé na estrada em busca de novas oportunidades. Quem diria, né?
Segundo dados que circulam nos bastidores do RH, 25% desses profissionais — aqueles que ganham mais de R$ 20 mil por mês — estão com o LinkedIn atualizado e o "Open to Work" ativado. E olha que não é só conversa fiada: 15% já estão mandando currículo pra todo lado como se não houvesse amanhã.
O que está pegando?
Ah, aí vem o pulo do gato. Não adianta só jogar dinheiro no colo desses caras — e olha que a gente tá falando de salários que dariam inveja em 90% dos brasileiros. O buraco é mais embaixo:
- Salário congelado: 43% reclamam que o contracheque não acompanha a inflação (e quem nunca?)
- Reconhecimento zero: 37% se sentem invisíveis na própria empresa — e não é falta de reunião no Teams
- Carreira estagnada: 34% acham que viraram "enfeite" corporativo sem perspectiva de crescimento
"Mas peraí", você deve estar pensando, "esses caras ganham uma fortuna!". Pois é, só que dinheiro, quando vira rotina, deixa de ser motivação. Pelo menos é o que dizem os especialistas em carreira — e os próprios executivos que estão pulando fora.
Efeito dominó corporativo
Quando um diretor vaza, a casa cai. E como cai! Cada saída dessas gera um rebuliço que pode durar meses:
- Processo seletivo caríssimo (já viu quanto custa headhunter pra esse nível?)
- Perda de conhecimento estratégico — aquele que não tá no manual de procedimentos
- Desânimo geral na equipe que fica, criando um clima de "quem será o próximo?"
E tem mais: 60% dos que pensam em sair admitem que já estão com o pé atrás no trabalho atual. Traduzindo: produtividade lá embaixo enquanto esperam a carta de demissão ou aquela proposta milagrosa.
O outro lado da moeda
Mas calma, nem tudo está perdido. Algumas empresas — poucas, é verdade — estão acordando pra essa realidade. E adivinha só o que está segurando os talentos?
Flexibilidade virou a palavra mágica. Home office que não é só de fachada, horários que respeitam a vida pessoal, projetos desafiadores... Coisas que, pasmem, às vezes valem mais que aumento.
No fim das contas, o recado é claro: o jogo corporativo mudou. E quem não se adaptar vai ficar segurando currículo de executivo frustrado — enquanto os melhores vão embora sem nem olhar pra trás.