
Parece brincadeira, mas a situação é séria — e assustadora. Enquanto você lê isso, milhares de goianos estão literalmente jogando seu dinheiro fora em plataformas de apostas online. E o resultado? Uma enxurrada de nomes no SPC e Serasa que não para de crescer.
Os números são de cair o queixo: só neste ano, mais de 965 mil pessoas em Goiás estão com as contas no vermelho. Um salto brutal de 21,5% em relação ao ano passado. E advinha qual é o motor principal dessa crise? Acertou quem pensou nas casas de apostas que viraram febre nacional.
O Alerta dos Especialistas
"É uma epidemia silenciosa", me disse um economista que prefere não se identificar. Ele tem atendido famílias inteiras destruídas financeiramente por causa desse vício. O pior? Muita gente nem percebe que está viciada até que já perdeu o controle completo das finanças.
As propagantes agressivas — aquelas que aparecem em todo jogo de futebol — não ajudam em nada. Criam a ilusão de que ganhar dinheiro fácil é possível, quando na realidade a matemática sempre favorece a casa. Sempre.
O Perfil do Endividado
Não é só o desempregado ou quem ganha pouco. Tem muito assalariado, até de classe média, entrando nessa fria. Começa com apostas pequenas, "só por diversão", e quando vê já comprometeu o salário do mês inteiro.
E o que era para ser entretenimento vira uma bola de neve de empréstimos, cartões estourados e contas atrasadas. Uma tragédia anunciada.
Além dos Números
Por trás dessas estatísticas secas tem histórias de verdade — famílias que não conseguem mais comprar o básico, jovens com o nome sujo antes dos 30, aposentados que perderam suas economias de uma vida.
E o problema não para por aí. O vício em jogos muitas vezes vem acompanhado de outros transtornos, como depressão e ansiedade. É um ciclo vicioso perigosíssimo.
O Que Fazer?
Conscientização é o primeiro passo. Reconhecer que se tem um problema já é meio caminho andado. Existem grupos de apoio e canais de ajuda para quem quer sair desse mundo das apostas.
Do lado das autoridades, talvez fosse hora de pensar em regulamentações mais rígidas. Se a publicidade é tão presente, que ao menos os avisos sobre os riscos também sejam.
No final das contas, jogo de azar sempre existiu. Mas a escala atual, potencializada pela internet, é algo completamente novo — e devastador. Fica o alerta: antes de apostar, pense duas vezes. Sua saúde financeira agradece.