UNICAMP Declara Guerra ao Racismo: Nova Frente de Combate a Violências no Ambiente Acadêmico
UNICAMP cria grupo contra racismo e assédio universitário

Não é mais segredo pra ninguém que os ambientes universitários, por mais que se pintem de progressistas, carregam feridas profundas. E a UNICAMP, uma das maiores do país, decidiu encarar o problema de frente. A instituição acaba de montar um grupo de trabalho permanente – e a missão é das mais urgentes: erradicar a violência, o racismo e o assédio que insistem em minar a vida dentro do campus.

Pensa numa medida que já deveria ser padrão, mas que, convenhamos, ainda é exceção por aí. A iniciativa partiu da própria Reitoria, o que já sinaliza uma prioridade institucional de verdade. Não é aquela comissão de fachada, daquelas que só existem no papel. O negócio é pra ser orgânico, constante e, o mais importante, efetivo.

Como É Que Isso Vai Funcionar na Prática?

O grupo não vai ficar esperando a bomba estourar. A ideia é ser proativo. Vai atuar desde a prevenção – com campanhas, palestras e uma mudança cultural que começa na base – até a apuração ética daquelas situações mais complicadas, que muitas vezes são abafadas. Imagina aquele assédio velado, a piada racista no grupo de WhatsApp, a coerção que ninguém vê. É pra isso também.

E olha, o timing não poderia ser mais emblemático. A portaria que oficializa o grupo foi publicada no Diário Oficial no último dia 16 de setembro, mas a discussão já corria há tempos nos corredores e nas salas de professores. A comunidade acadêmica cansou de só reclamar e partiu pra ação.

Um Recado Claro pra Todos

O que a UNICAMP está fazendo, no fundo, é mandando um recado. Alto e bom som. De que o ambiente de aprendizado tem que ser seguro para todo mundo – independente de cor, gênero, orientação sexual ou qualquer outra bobagem que usem pra discriminar. É uma virada de chave necessária, pra não dizer tardia.

Claro, sempre tem aquele cético que pergunta: "Será que vai sair do papel?" Bom, a estrutura parece sólida. O grupo é multidisciplinar, vinculado diretamente à Pró-Reitoria de Desenvolvimento Universitário, e deve trabalhar em parceria com outras ouvidorias e setores já existentes. Não vai reinventar a roda, mas vai lubrificar ela pra girar direito.

No fim das contas, é um passo monumental. Simbólico e prático ao mesmo tempo. Mostra que a universidade pública, muitas vezes lenta e burocrática, é capaz de se agilizar quando o assunto é dignidade humana. Fica a torcida para que o exemplo se espalhe – e que outras instituições sigam o mesmo caminho. Afinal, educação de verdade se faz com respeito.