Paraíba Veta Reconhecimento Facial em Autistas: Nova Lei Protege Direitos de Pessoas com TEA
Paraíba proíbe reconhecimento facial em autistas

Uma lei histórica acaba de ser sancionada na Paraíba, estabelecendo um marco na proteção dos direitos de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). A nova legislação proíbe expressamente o uso de sistemas de reconhecimento facial para identificar indivíduos com essa condição em todo o território estadual.

Proteção Contra Discriminação Tecnológica

A medida, que representa um avanço significativo na inclusão digital, foi publicada no Diário Oficial do Estado e já está em vigor. A lei busca prevenir situações de discriminação e constrangimento que podem ocorrer quando pessoas autistas são submetidas a sistemas de identificação biométrica.

"Esta é uma vitória para a comunidade autista e para todos que defendem os direitos humanos na era digital", comemorou o deputado estadual João Henrique, autor do projeto de lei.

Como a Lei Funciona na Prática

A legislação estabelece que:

  • Órgãos públicos estaduais ficam proibidos de utilizar reconhecimento facial em pessoas com TEA
  • Empresas privadas que atuam na Paraíba devem seguir a mesma determinação
  • A proibição se aplica a todos os espaços públicos e privados de uso coletivo
  • O descumprimento da lei pode acarretar penalidades administrativas

Por Que Esta Proteção é Necessária?

Especialistas explicam que pessoas no espectro autista podem apresentar características comportamentais e expressões faciais distintas, o que pode levar os sistemas de inteligência artificial a:

  1. Identificações incorretas
  2. Falsos positivos em sistemas de segurança
  3. Situações constrangedoras em espaços públicos
  4. Violação do direito à privacidade

"Muitas pessoas autistas têm dificuldade com contato visual direto ou expressam emoções de maneira diferente. Os algoritmos não estão preparados para essa diversidade neurocomportamental", explica a psicóloga especialista em TEA, Dra. Maria Silva.

Um Marco na Inclusão Digital

A Paraíba se posiciona na vanguarda da proteção de dados sensíveis e estabelece um precedente importante para outros estados brasileiros. A lei reforça que o progresso tecnológico deve andar lado a lado com a inclusão e o respeito à diversidade.

A expectativa é que essa iniciativa inspire políticas públicas similares em todo o país, garantindo que a tecnologia sirva para incluir, e não para excluir, todos os cidadãos.