
Numa sexta-feira que prometia calor intenso — como aliás é regra na região —, Belém do Pará se transformou em palco de um protesto que ecoa um grito global. E no centro dessa mobilização, uma figura conhecida nacionalmente: o padre Júlio Lancellotti.
O religioso, que já enfrentou até ameaças por defender populações vulneráveis, não titubeou. Junto com ativistas ambientais, indígenas e centenas de pessoas, ele marchou contra os combustíveis fósseis e por um modelo de sociedade mais justo. E olha, não foi pouco não.
Um Ato Que Não Fica Só no Discurso
Não era só mais um protesto genérico, longe disso. A manifestação faz parte de um movimento mundial — o Fim dos Combustíveis Fósseis —, que pressiona governos e corporations a abandonarem de vez petróleo, gás e carvão. A escolha de Belém como uma das sedes não foi por acaso: a cidade será sede da COP30, em 2025. E a cobrança já começou.
— A gente não pode mais aceitar promessas vazias — disse uma jovem ativista à multidão, com a voz embargada de emoção. — O futuro a gente constrói agora.
Além do Ambiental: A Luta Por Justiça Social
O padre Lancellotti, como sempre, foi direto: não há como separar a crise climática da desigualdade social. “Quem mais sofre com enchentes, secas e poluição são os pobres, os indígenas, as comunidades tradicionais”, afirmou, com aquela convicção que já conhecemos.
E de fato, a passeata não carregava apenas bandeiras verdes. Havia cartazes pela demarcação de terras indígenas, por moradia digna, contra a fome. Uma mistura potente — e necessária — de pautas.
O Que Esperar Agora?
Com a COP30 batendo à porta, Belém está no radar mundial. E os organizadores deixaram claro: isso é só o começo. A pressão vai continuar, e tende a crescer.
Será que os governos e as grandes empresas vão finalmente ouvir? Ou vão seguir no blá-blá-blá de sempre? Uma coisa é certa: movimentos como este mostram que a sociedade civil está de olho — e não vai baixar a guarda.