Justiça de SP condena dono de salão por racismo após falar 'não contrato preto, gorda e viado'
Justiça condena dono de salão por racismo em SP

Um caso emblemático de discriminação no ambiente de trabalho chegou ao fim com uma condenação judicial em São Paulo. A Justiça paulista sentenciou o proprietário de um salão de beleza por prática de racismo após ele fazer declarações preconceituosas durante uma entrevista de emprego.

As declarações que chocaram

O episódio ocorreu em São José do Rio Preto, interior paulista, quando o empresário foi filmado afirmando categoricamente: "não contrato preto, gorda e viado". As imagens, que viralizaram nas redes sociais, mostram o dono do estabelecimento rindo enquanto fazia as declarações discriminatórias.

A decisão judicial

Em sentença proferida nesta quinta-feira (31), o juiz responsável pelo caso condenou o empresário ao pagamento de R$ 15 mil em danos morais coletivos. O valor deverá ser destinado ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos do Estado de São Paulo.

Na decisão, o magistrado foi enfático ao afirmar que "a conduta do réu viola frontalmente o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana". A sentença também destacou que as declarações representam "grave ofensa aos valores fundamentais da sociedade brasileira".

Impacto nas redes sociais

O vídeo com as declarações preconceituosas gerou intensa repercussão nas plataformas digitais, mobilizando usuários que repudiaram publicamente as atitudes do empresário. A comoção online foi um dos fatores que impulsionaram a ação judicial.

Um alerta para empresas

Esse caso serve como um importante alerta para o mercado sobre a necessidade de combater práticas discriminatórias nos processos seletivos. A legislação brasileira é clara ao proibir qualquer tipo de discriminação por:

  • Raça ou cor
  • Orientação sexual
  • Aspecto físico
  • Gênero
  • Idade

A condenação reforça que atitudes discriminatórias não apenas ferem princípios éticos, mas também acarretam consequências jurídicas e financeiras significativas para os infratores.