
Era um dia comum em Londrina até que as redes sociais explodiram com um vídeo que ninguém esperava. A dona de uma clínica de audiologia — aqueles lugares onde você ajusta seu aparelho ou faz exames de ouvido — soltou umas frases que deixaram muita gente com os cabelos em pé. E não, não foi por causa de um diagnóstico ruim.
"Aqui a gente atende família tradicional, não essas modinhas", disse ela, com uma cara de quem acabou de provar limão puro. O problema? A tal "modinha" era... pessoas LGBTQIA+. Pronto. Foi o suficiente para o caos se instalar.
O estrago nas redes
Em menos tempo que você leva para esquentar um pão no micro-ondas, o vídeo já tinha rodado meio mundo. Hashtags como #HomofobiaNão e #BoicoteClinicaX (nome fictício, claro) pipocaram no Twitter. Até famosos da região entraram na roda — alguns pra criticar, outros pra defender (sim, infelizmente).
O que mais chocou foi a naturalidade da coisa. A mulher falava como se estivesse comentando sobre o tempo: "Prefiro não atender esse tipo de cliente". Tipo de cliente? Sério mesmo?
As consequências
- Protestos na porta da clínica com arco-íris e cartazes criativos (um dizia "Surdez se trata, preconceito não")
- Processo no Ministério Público por discriminação — e olha que a multa pode chegar a R$ 50 mil
- Vários clientes cancelando serviços e até funcionários pedindo demissão
E aí veio aquele silêncio constrangedor da defesa. Primeiro tentaram dizer que foi "mal-entendido". Depois, que a fala foi "tirada de contexto". Só esqueceram de avisar que o contexto inteiro estava gravado. Oops.
Psicólogos ouvidos pelo caso foram diretos: "Isso aí é caso clássico de heteronormatividade agressiva". Enquanto isso, a dona da clínica sumiu do mapa — apagou redes sociais e deixou o advogado lidar com a bagunça.
O outro lado da moeda
Alguns vizinhos do estabelecimento (aqueles que sempre têm uma opinião pronta) vieram com o clássico: "Ela é uma ótima profissional". Okay, mas e daí? Ser bom no trabalho não dá passe livre pra preconceito, né?
O Conselho Regional de Fonoaudiologia já anunciou que vai apurar o caso. Enquanto isso, a prefeitura local tá correndo pra organizar campanhas de diversidade — depois do fato, como sempre.
E você, o que acha? Até onde vai o direito de "escolher clientes"? Deixa nos comentários — mas sem ódio, por favor.