Um protesto realizado pela comunidade indígena Wassu Cocal interditou a rodovia BR-101, em Joaquim Gomes, no interior de Alagoas, nesta quarta-feira (3). A manifestação, que bloqueou a via nos dois sentidos no trecho que passa pela aldeia, tem como objetivo cobrar justiça pelo atropelamento que vitimou fatalmente um jovem indígena no último mês.
Motivo da revolta: suspeito liberado
O ato é uma resposta direta à liberação do suspeito de atropelar e matar Charles José do Nascimento, ocorrido no dia 8 de novembro. O crime também deixou ferido Carlos Henrique, que segue internado. Durante o protesto, Marcos do Nascimento, irmão da vítima, denunciou a morosidade da investigação. Ele afirmou que a comunidade exige o mandado de prisão contra o motorista envolvido e que o inquérito policial ainda não tinha sido concluído, mesmo após 25 dias do ocorrido.
Versão da polícia e situação atual
Em contraponto, o delegado da Polícia Civil Rubens Cerqueira informou, por meio de sua assessoria, que o inquérito foi concluído e que já foi feito um pedido de prisão do condutor do veículo envolvido no atropelamento. O relatório completo foi encaminhado ao Fórum de Joaquim Gomes e agora aguarda uma decisão judicial.
Impacto no tráfego e demandas
Enquanto a situação não se resolve, a BR-101 permanece bloqueada no local do protesto. Motoristas que precisam trafegar pela região são orientados a buscar rotas alternativas para evitar o trecho interditado. A comunidade indígena mantém a pressão, reivindicando celeridade e efetividade da Justiça para que o caso não caia no esquecimento.
A morte de Charles José do Nascimento virou um símbolo da luta por direitos e por um processo judicial ágil. O desfecho do caso é aguardado não apenas pelos familiares e pela comunidade Wassu Cocal, mas por todos que acompanham a busca por justiça no estado de Alagoas.