
Numa dessas reviravoltas que a vida prega, um advogado — sim, um doutor das leis — acabou condenado pela própria Justiça que tanto defende. A coisa aconteceu em Minas Gerais, mais precisamente na comarca de Ituiutaba, e o caso é tão grave quanto emblemático.
Tudo começou durante uma audiência judicial, dessas que deveriam ser sinônimo de civilidade. No calor do debate — ou melhor, no auge da falta de educação — o advogado soltou uma série de ofensas racistas contra um policial penal. Não foram deslizes, não. Foram frases carregadas de preconceito, do tipo que deixa marcas.
O agente penitenciário, é claro, não ficou quieto. Movimentou a Justiça e processou o advogado por injúria racial qualificada. E olha, a Justiça trabalhou rápido neste caso.
Valor da indenização causa surpresa
Agora vem o detalhe que todo mundo comenta: o valor da indenização. Quinze mil reais! Não é pouco dinheiro, mas muita gente aí deve se perguntar se é suficiente para reparar o dano causado. O juiz Fernando Antônio de Lima, da 1ª Vara Cível de Ituiutaba, foi categórico ao afirmar que as ofensas foram "graves e inaceitáveis".
O magistrado não mediu palavras em sua decisão: "Não se pode tolerar qualquer manifestação de preconceito racial, especialmente vinda de um operador do Direito". E tá mais do que certo!
Advogado tentou se defender, mas...
Claro que o advogado não ficou quieto. Tentou argumentar que suas palavras foram "tiradas de contexto" — aquela velha desculpa esfarrapada que nunca cola. Alegou também que estava sob "estresse profissional" no momento dos insultos.
Mas a Justiça não comprou essa história. O estresse pode explicar muita coisa, mas nunca justifica racismo. O juiz deixou claro: exercer advocacia não dá passe livre para ofender ninguém, muito menos com base na cor da pele.
O caso serve de alerta para todos os profissionais do Direito. A advocacia é uma profissão que exige respeito e civilidade — valores que parecem ter sido esquecidos neste episódio lamentável.
E pensar que o Brasil ainda enfrenta tantos casos de racismo todos os dias... Este aqui é só mais um, mas com a diferença de que o agressor era justamente quem deveria conhecer as leis. Ironia das grandes!