
Parece que o mercado imobiliário paulistano resolveu dar uma guinada e surpreender até os mais otimistas. Entre janeiro e maio deste ano, as vendas de imóveis na capital registraram um salto impressionante de 24% — é como se alguém tivesse apertado o botão de turbo num setor que, até pouco tempo atrás, caminhava a passos mais cautelosos.
Os números, que beiram o inacreditável, mostram uma recuperação vigorosa depois de anos de incertezas. "É como assistir a um filme de suspense com final feliz", brinca o corretor Marcos Aurélio, que atua na região da Avenida Paulista há 15 anos. Ele conta que nos últimos meses mal conseguiu respirar entre uma negociação e outra.
O que está por trás desse boom?
Especialistas apontam três fatores principais que transformaram São Paulo num verdadeiro celeiro de negócios imobiliários:
- Juros mais amigáveis — aquela velha história de "esperar cair mais um pouquinho" parece ter perdido a graça
- Estoque represado — muita gente segurou a compra durante a pandemia e agora resolveu tirar o projeto da gaveta
- Mudança de prioridades — o home office veio pra ficar, e espaços maiores viraram necessidade, não luxo
Curiosamente, os apartamentos entre 70m² e 100m² estão liderando as vendas — tamanho suficiente para um home office decente, mas sem exageros que pesem no bolso. "Antes as pessoas queriam ou o mínimo ou o máximo. Agora buscam o equilíbrio", analisa a economista Carla Mendonça, do Instituto Brasileiro de Estudos Imobiliários.
E os preços? Subiram junto?
Aí é que está a surpresa! Ao contrário do que se poderia imaginar, os valores médios se mantiveram relativamente estáveis — com aumentos bem abaixo da inflação em alguns bairros. Parece que os vendedores entenderam que melhor vender com margem menor do que ficar meses esperando o comprador perfeito.
Zona Oeste e Sul puxam o crescimento, mas até regiões tradicionalmente mais quietas, como o Ipiranga, estão vendo movimento intenso. "Tem cliente que chega assustado, achando que vai ter que disputar imóvel como se fosse show de Taylor Swift", diverte-se a corretora Patrícia Lemos. A realidade, segundo ela, está mais para um jogo de xadrez bem jogado do que para uma guerra de lances.
E você, já pensou em aproveitar essa onda? Ou acha que é melhor esperar para ver se o mercado esfria? Seja como for, uma coisa é certa: São Paulo está mostrando que ainda sabe surpreender quando o assunto é imóveis.